O pipeline de liderança foi criado por Ram Charan com foco na construção e formação de líderes. A metodologia foi apresentada em um livro, chamado “The Leadership Pipeline: How to Build the Leadership Powered Company”, escrito em parceria com Stephen Drotter e James Noel.

Livro Pipeline da Liderança

A vasta experiência dos três autores em cargos de gestão permitiu a criação do método responsável por melhorar os processos de sucessão — motivadores da capacitação dos profissionais mais aptos para a função.

Siga com a leitura para conhecer a fundo o que é um pipeline de liderança, como ele funciona e como você pode utilizá-lo para a formação de líderes.

O que é pipeline de liderança?

Geralmente realizado e estruturado pelo setor de recursos humanos de uma organização, o pipeline de liderança é um programa para capacitar profissionais e dar mais retorno para a empresa. Além disso, é responsável por formar líderes.

A metodologia serve de apoio para o desenvolvimento de gestores dentro das corporações. O grande diferencial é que o modelo se apoia em mudanças comuns do cotidiano dos colaboradores para capacitar e formar lideranças no futuro.

Como utilizar um pipeline de liderança?

Em primeiro lugar, é necessário analisar o cenário da empresa, qual a sua realidade e quais as necessidades. Depois disso, procure manter a essência da metodologia e os pontos principais de cada transição para modificar apenas aqueles mais específicos.

Use as transições para desenhar possíveis planos de carreira. Isso possibilitará a evolução dos profissionais e permitirá que eles participem de programas de sucessão, caso existam no futuro.

Pipeline de liderança: pontos importantes do livro

A obra, escrita pensando em ajudar líderes, diretores e coaches a treinar sucessores ou outros líderes, busca aumentar a eficiência na formação de lideranças, preparando profissionais para cargos de nível de gerenciamento.

Publicado pela editora Sextante, os autores mostram como praticar uma liderança de sucesso, explicando como funciona o método, como utilizá-lo, adaptá-lo à cada empresa e qual o impacto dele no desempenho dos colaboradores.

O livro aborda a importância da metodologia para identificar problemas e para buscar formas de resolvê-lo. Uma das suas vantagens é a adaptabilidade, sendo possível adequá-lo a qualquer organização, independentemente do tamanho, da quantidade de funcionários e da cultura da empresa.

Outros pontos de destaque que valem ser citados:

  • É preciso treinar e ajudar colaboradores para que eles possam se tornar bons líderes no futuro;
  • Os valores profissionais precisam ser atualizados de acordo com a passagem de nível da organização;
  • Existem competências e habilidades específicas para cada etapa da administração de uma empresa.
Pipeline da Liderança pontos importantes do livro

Além disso, essa metodologia traz que, em uma companhia, existem seis transições de liderança. Confira com detalhes cada uma delas.

As 6 transições de liderança

As transições de liderança compreendem as etapas pelas quais o profissional deve passar para exercer o papel de líder com excelência. São elas:

1. Se gerenciar e gerenciar outros

Na primeira transição, o colaborador inicia sua trajetória com o seu primeiro cargo de gestão. Por ter se destacado, o profissional recebe outras atribuições e pode ser escolhido para uma promoção.

É importante que o empregado aprenda a pratique a delegação de tarefas para que outro colaborador realize as tarefas. Esse processo é necessário para que o profissional comece a delegar e gerir ao invés de apenas executar uma tarefa.

A prática é essencial para o desenvolvimento de um líder, já que em muitos casos será necessário que ele saiba transmitir o que ele quer que seja feito.

Veja também: Como ser um bom gestor? Conheça o passo a passo completo!

2. Gerenciamento de líderes

Após gerenciar outros colaboradores da equipe, o próximo passo é gerenciar líderes e gerentes das equipes.

Na gestão de líderes, o profissional que está participando do pipeline de liderança precisa se desvincular das suas antigas funções. Esse é um dos pontos principais da segunda etapa, já que ele passa a gerir de forma integral e para de produzir individualmente.

Ele será o responsável por desenvolver outros colaboradores que fazem parte do processo de progressão, mas que estão na primeira fase do pipeline. Além disso, ele procura os profissionais que realmente têm interesse nem desenvolver sua liderança.

3. Gerenciamento de função

Nessa etapa da transição, o profissional em treinamento passa a ser o responsável por uma função específica. Para isso, ele precisa ter conhecimento sobre o cargo e as atividades diárias atribuídas a ela.

Assim, o profissional pode tomar decisões mais acertadas e baseadas nos objetivos mapeados pela área através da metodologia OKR, por exemplo.

Por isso, é importante que ele desenvolva a sua comunicação para atuar e discutir com outros líderes em reuniões, a fim de estruturar e direcionar estratégias para o trabalho das equipes.

4. Gerente de negócios

Nesse ponto se verifica uma das etapas mais marcantes por conta da complexidade da função. A quarta transição é a etapa em que o profissional é testado e recebe o aval para gerenciar os negócios, coordenando gestores e fazendo com que as várias áreas do negócio interajam de forma harmônica.

Diferentemente da terceira transição, aqui será necessário que ele entenda sobre diversas funções e seja capaz de trabalhar com cenários maiores, com mais de uma equipe ou departamento.

O profissional também precisará conversar com os gerentes, analisar métricas e se preocupar com os resultados financeiros.

5. Gerente de grupo

Por mais que pareça simples, a dificuldade na quinta transição se deve pelo fato de tentar fazer com que uma empresa gerida por outra pessoa tenha sucesso. Aqui, é essencial que o profissional consiga administrar várias organizações e dar suporte aos gestores de cada negócio.

Nessa etapa, o principal objetivo é gerar lucro para as empresas. Para isso, ele precisa estudar e entender como o mercado funciona e como ele está trabalhando, qual a situação do governo e das indústrias essenciais para o sucesso da corporação.

É ideal que o profissional também desenvolva técnicas para otimizar as reuniões e torná-las ainda mais produtivas, já que serão vários negócios que precisarão ser administrados.

6. Administração da empresa

Como último passo, depois de gerenciar um grupo de negócios, é administrar uma empresa. O ponto mais alto da gestão, conhecido como Diretor Executivo (CEO), vai muito além das habilidades que o profissional adquiriu no decorrer do processo, dependendo muito dos valores dele.

O CEO precisa enxergar a empresa como um organismo único e vivo, praticando a visão estratégica. Além disso, deve se atentar aos fatores tecnológicos, sociais, econômicos e políticos.

As 6 transições de liderança

Para aprimorar os estudos sobre a formação de líderes, vale a pena conferir algumas dicas de como liderar uma equipe profissional por meio de técnicas de liderança.

banner de divulgação para a formação gestão de alta performance
Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.