Como montar uma matriz de risco: 5 passos práticos para a aplicação na sua empresa

Entre todas as ferramentas utilizadas dentro da gestão da qualidade, com toda a certeza, a matriz de risco é uma das mais efetivas. Através dela pode-se identificar possíveis falhas que causariam grandes prejuízos para a companhia, antes mesmo delas ocorrerem. Por esse motivo é que ela tem sido cada vez mais difundida e todo gestor deve saber como montar uma matriz de risco.

Seus resultados são notáveis e produzem grande melhora na produtividade, tanto dentro da linha de produção quando na administração. Sabendo disso, separamos aqui tudo que você precisa saber sobre a aplicação prática da matriz de risco, passo a passo.

Dessa forma, vai ficar bem mais fácil aplicar essa ferramenta dentro da empresa. Confira abaixo!

Como montar uma matriz de risco na prática

Em linhas gerais, a matriz de risco se trata de uma espécie de tabela, na qual são identificadas as possibilidades de erros que podem ocorrer na empresa. Dessa forma, ações são planejadas antecipadamente, evitando que as falhas venham a acontecer.

Por esse motivo é que ela é tão necessária para um bom andamento dos negócios. Com uma tabela bem montada, poupa-se muito tempo e dinheiro. Afinal, os riscos não se tornam problemas a ponto de causar impacto dentro da linha de produção.

Sendo assim, confira um passo a passo rápido e prático para implementar essa ferramenta de alta efetividade na sua empresa!

Passo 1 – Crie uma linha de classificação para probabilidade e possível impacto do risco

Esse é um dos passos mais simples, mas também um dos mais importantes para a sua matriz de risco. Através deles é que você identificará qual a ordem de prioridade para resolução dos problemas constatados.

A probabilidade se trata do tamanho do risco daquele problema realmente causar um erro dentro da linha. Comumente, usa-se uma escala de 1 a 5, na qual a gravidade segue gradativamente conforme a escala de números.

Já o impacto se refere ao tamanho do problema que aquele risco representa ao andamento da empresa. A escala continua sendo usada de 1 a 5. Esse é um dos passos mais importantes, pois é ele que definirá os primeiros passos práticos da equipe para a resolução das falhas.

Por exemplo, suponha que uma empresa identificou o risco de um acidente de trabalho. A probabilidade de que ele aconteça é número 2, mas seu impacto será número 5, já que o colaborador teria que ser afastado. Sendo assim, esse será um dos primeiros problemas a serem resolvidos, apesar de ser pouco provável que aconteça.

A partir dessas informações, deve-se gerar uma espécie de tabela, utilizando linhas horizontais e verticais. Dessa forma, a cada risco identificado pela matriz, pode se fazer uma classificação de sua probabilidade e impacto no dia a dia da produção.

Passo 2 – Reúna a equipe e faça uma análise do risco

A matriz de risco é um projeto que deve ser realizado em parceria com a empresa inteira. Obviamente, toda a equipe de gestão deve tomar frente do processo, explicando cada etapa a seus subordinados. No entanto, para que o sucesso desse projeto seja obtido, todos devem ser participativos e precisam saber como montar uma matriz de risco.

Sendo assim, é necessário fazer uma reunião com os colaboradores, na qual o levantamento de todos os problemas será realizado. A opinião de cada um deve ser ouvida, principalmente a de quem faz parte da linha de produção.

Afinal, ninguém melhor para apontar os problemas de produtividade do que quem os veem ocorrendo todos os dias. Os líderes da equipe organizadora da matriz de risco devem filtrar cada um dos erros apontados, verificando quais fazem sentido e colocando-os dentro das escalas citadas acima.

Passo 3 – Controle dos riscos identificados

Sabendo quais são os problemas, é chegada a hora de descobrir suas respectivas soluções. Nesse momento da matriz de risco, é fundamental que um brainstorm seja realizado com todos os colaboradores.

As sugestões devem sempre priorizar a praticidade acima de tudo, bem como a economia financeira. Caso se encaixem nesses dois aspectos, devem passar pela aprovação da liderança antes de serem implementadas.

Algumas ideias de soluções que trazem resultados bastante efetivos são:

  • Capacitação e treinamento dos colaboradores;
  • Maior auditoria e inspeção de determinados processos;
  • Uso da tecnologia para automação de atividades;
  • Criação de novos procedimentos ou revisão de procedimentos antigos.

Passo 4 –  Implementações das soluções

Criar uma matriz de risco não é nem de perto um trabalho apenas teórico. É necessário também trazer o projeto para prática, pois só assim será possível medir os resultados atingidos.

Sendo assim, depois de identificar os erros, colocá-los em escalas e descobrir as soluções necessárias, é preciso trazê-las para a linha de produção. Nesse momento, o apoio e engajamento de todos os colaboradores são mais importantes que nunca, pois eles precisarão se adaptar à nova rotina.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que, para que a implementação ocorra com sucesso, é necessário que tanto a gestão quanto o restante da equipe saibam exatamente qual será a mudança aplicada. Desse modo, ambos trabalharão pelo mesmo resultado e acompanharão tudo de perto.

Como montar uma matriz de risco … Passo final – Controle dos riscos 

O último dos passos de como montar uma matriz de risco é a fiscalização das soluções implementadas. Ela deve ser realizada tanto pelos líderes quanto pelos demais integrantes da equipe. Através dela, será fácil identificar se o problema foi realmente solucionado ou se os riscos continuam.

Sabendo de tudo isso, fica fácil entender que o processo de implementação da matriz de risco é prático, rápido e também muito necessário. Sendo assim, anote todos esses passos e comece hoje mesmo a praticá-los junto com sua equipe.

E se você deseja estar sempre em dia com a gestão da qualidade da sua empresa, acompanhe o nosso blog! Lá estamos sempre postando conteúdos relacionados ao tema, para te ajudar a manter um resultado linear e eficaz dentro da sua linha de produção!

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Carlos Sander

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.

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