É mais comum do que se imagina ter conflitos dentro das empresas por conta de profissionais que possuem dificuldades de trabalhar em equipe. Existem 7 dicas que podem ser seguidas pelos gestores para evitar que esse tipo de situação aconteça.
Veja quais são as principais dificuldades de se trabalhar em equipe e confira depoimentos de quem passou por isso. Além disso, concluiremos nosso artigo com 7 dicas práticas para te ajudar a superar os conflitos do trabalho em grupo
Independente do cargo e das atividades que um profissional execute dentro de uma empresa, algumas tarefas e decisões serão realizadas em grupo e há quem apresente dificuldades no trabalho em equipe.
Os processos de uma organização são permeados por relações entre pessoas. Dessa forma, os colaboradores são dependentes mutuamente, ou seja, precisam uns dos outros para conseguir realizar suas funções.
Bons resultados dificilmente são possíveis de se alcançar sozinho, principalmente dentro de ambientes corporativos, que costumam envolver diversas áreas e setores.
Os profissionais do setor de vendas precisam dos colaboradores do setor de produção, que por sua vez, dependem de um gestor de processos e assim em diante.
Se um funcionário não estiver disposto a trabalhar em equipe, isso pode ser prejudicial para a produtividade da empresa e pode afetar os demais colaboradores ao seu redor. Isso ocorre, porque a desmotivação é contagiante. Um membro desmotivado, que faça críticas, reclamações ou, ainda, ironize e provoque outros trabalhadores, pode afetar gravemente o ambiente de trabalho.
Essas atitudes também influenciam a produtividade e a vontade de realizar trabalho em equipe dos demais membros. A empresa, ao se deparar com esse tipo de ações, deve buscar dialogar com esse determinado funcionário para entender quais fatores estão gerando seus comportamentos.
Profissionais que não conseguem trabalhar em equipe dentro de determinada empresa podem gerar:
Mas a boa notícia é que é possível mudar esse quadro e fazer com que o trabalho em equipe flua de maneira melhor.
As causas das dificuldades em se trabalhar em equipe dependem do contexto de cada realidade. Porém, há alguns fatores que são mais comuns e com muita frequência, são vistos problemas com raízes no individualismo. Além disso, indivíduos que têm baixa tolerância à frustração costumam não conseguir trabalhar em equipe.
Outra problemática bastante encontrada é a má gestão da empresa sob as relações interpessoais que ocorrem durante as atividades em equipe.
Muitas organizações não entendem a importância de se manterem atentas aos comportamentos de seus membros e como as atitudes desses podem afetar toda a produtividade da empresa.
O individualismo é uma característica que tem crescido no mundo atual. Com o avanço da tecnologia e do urbanismo nas grandes cidades nos deparamos, várias vezes, sozinhos.
Muitas tarefas podem ser resolvidas de forma individual, apenas com a ajuda de um smartphone. Até o lazer tem se tornado mais solitário, atualmente, pode-se assistir a um filme em seu notebook pessoal e a imagem da família reunida em frente a televisão vai se tornando cada vez mais distante.
Dessa forma, é natural que estejamos cada vez mais condicionados a não compartilhar nossas experiências e tenhamos mais conflitos em trabalhar em equipe. Essas dificuldades têm raízes na comunicação, na timidez, na baixa autoestima, na dificuldade de se envolver e de se posicionar em grupo.
O individualismo acaba gerando frustrações. Pois, certos desejos não são supridos e, como estamos acostumados a lidar com tudo individualmente, nos sentimos frustrados. Há quem não saiba lidar com o sentimento de impotência ao ver suas expectativas serem frustradas. Porém, é preciso lidar e aceitar a opinião dos demais, para que o trabalho em grupo aconteça.
Uma empresa que não se atenta para questões da gestão de Recursos Humanos (RH) pode ter problemas em relação ao trabalho em equipe. O setor de RH é responsável por utilizar habilidades e métodos com o objetivo de observar os comportamentos dos membros e gerenciá-los de forma positiva.
Essa forma de gestão irá orientar os colaboradores e pensar em conjunto, sobre formas de potencializar seus talentos, alinhando-os com os objetivos da empresa.
Esse setor também é responsável por propor soluções e por intervir quando necessário, caso haja dificuldades no trabalho em equipe, por exemplo.
A equipe da Frons entrevistou Paulo Martins, estudante de Sistemas de Informação na Universidade Estadual Paulista (UNESP), que estagiou recentemente em uma empresa de sua área. Ele conta que durante o estágio enfrentou problemas relacionados ao trabalho em equipe.
Paulo precisava que um dos membros entregasse um produto, que tratava-se de um módulo (parte de um programa de computador), para que ele pudesse terminar o desenvolvimento da programação.
O funcionário responsável pelo desenvolvimento de tal módulo, trabalhava na empresa havia 8 anos. Quando Paulo perguntou quando terminaria sua tarefa, o programador agiu de forma agressiva. “Me olhou com muita raiva e disse que poderia entregar até o último dia do prazo, se ele quisesse, só que era dali um mês”.
O estagiário contou que tem dificuldades em cobrar as pessoas e que, devido indisposição do funcionário, ele demorou mais de um mês para conseguir realizar a programação que a empresa havia lhe pedido.
Paulo, pensa que se a empresa desenvolvesse atividades que estimulassem o espírito de equipe entre os colaboradores, situações assim poderiam não ocorrer.
Algo parecido acontece na escola em que Júlia* A. trabalha, ela está se formando em pedagogia pela Universidade São Judas, enquanto é efetivada como auxiliar de professora.
Ela afirma que tem dificuldades no trabalho em equipe. Júlia conta que o gerenciamento das atividades é mal planejado e acaba que os outros membros não realizam suas funções.
“Acaba sobrando tudo para mim. As atividades tem que ser arrumadas antes das crianças chegarem e quando as outras auxiliares não fazem o trabalho delas, eu não dou conta de fazer o meu serviço e mais o serviço delas. Como resultado, quando as crianças chegam, as atividades ainda não estão prontas e não dá certo”.
Júlia, assim como Paulo, acredita que se a empresa se envolvesse mais, esses problemas não ocorreriam. Para ela, a direção da escola deveria realizar mais dinâmicas entre o grupo, para integrar a equipe e também oferecer cursos de capacitação para que as pessoas realizem melhor suas tarefas.
Paulo e Júlia alegam ter problemas em cobrar as pessoas para que elas realizem seus serviços. Porém, não deveria ser papel deles cobrar os demais membros. A empresa deve ser responsável por executar um gerenciamento sobre as atividades que ocorrem e como seus membros estão realizando-as.
A gestão de Recursos Humanos (RH), como dito anteriormente, é a área que estuda as técnicas e práticas com o objetivo de administrar os comportamentos internos da empresa. Assim como, comunicar os valores da organização para os funcionários e realizar um equilíbrio entre os desejos dos trabalhadores e os valores da instituição.
Os cargos da área de RH geralmente são preenchidos por psicólogos organizacionais. Esses profissionais têm como foco a relação das pessoas com o trabalho e são capazes de aplicar técnicas que estimulem a percepção do grupo sobre os comportamentos que estão sendo tomados por eles.
O psicólogo organizacional também pode se posicionar e intervir nos conflitos e problemas encontrados durante a realização dos trabalho em equipe. O setor de RH deve funcionar como um respaldo para os trabalhadores, para que eles possam ser ouvidos quanto às suas reclamações.
Esses profissionais devem agir como mediadores de conflitos, quando necessário. Porém, é importante ressaltar, também, que conflito é diferente de debate. Divergências de ideias são fundamentais para gerar reflexões transformadoras na empresa.
O psicólogo organizacional também deve orientar os gestores da empresa sobre como lidar com seus funcionários. A gestão de pessoas, em união com os líderes da empresa, pode realizar um planejamento prévio. Dessa forma, utilizando estratégias para gerar engajamento na equipe, consequentemente, gerando maior cooperação durante a realização de tarefas coletivas.
Veja também: Como melhorar a liderança e a produtividade de uma equipe.
Sendo assim, o gestor também têm responsabilidades de promover um ambiente favorável ao trabalho em equipe. Ele deve conseguir delegar responsabilidades individualmente, de maneira organizada e bem comunicada para que não aconteça de apenas um realizar todas as tarefas, como vimos acima, no caso de Júlia.
O gestor deve demonstrar reconhecimento quando os membros da equipe realizam acertos. Dessa forma, pode gerar motivação e desejo aos demais colaboradores, fazendo com que também desejem ser reconhecidos. Tal satisfação ocasiona mais produtividade e as bonificações podem auxiliar esse processo.
A honestidade, sinceridade e clareza, quando aliadas ao bom senso, são aliados importantes. Desse modo, não há rumores, fofocas e desconfianças. Os assuntos que envolvem diretamente a equipe, devem ser comunicados de forma clara diante de todos os membros.
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Cada situação depende do contexto em que os membros estão inseridos. Entretanto, existem alguns passos práticos que podem auxiliar.
É preciso ter respeito de diversas formas. Os colaboradores devem refletir sobre o senso de justiça, não é respeitoso deixar tudo para uma única pessoa resolver. Porém, essa situação às vezes demonstra dois lados da moeda, pois a pessoa que costuma executar tudo pode também não estar sabendo aceitar o trabalho feito de outra forma. Então, é preciso respeitar as experiências e habilidades dos demais, mesmo que esses tenham formas diferentes de realizar tarefas, é preciso aceitar as diversidades opinativas.
A organização é importante para que todos tenham consciência de quais são suas tarefas dentro do trabalho em grupo. É necessário que todos saibam qual o objetivo da tarefa que estão cumprindo.
É recomendável buscar informações sobre a atividade antes que ela aconteça, assim evita-se achismos durante a sua execução. Os diálogos devem ser positivos, sem ironias ou palavras depreciativas, pois essas não acarretam resultados produtivos. Os desentendimentos não são ruins se focados nos problemas e nas soluções deles, sem se tornarem pessoais. Debates, quando feitos de forma madura geram ações construtivas.
Alguns colaboradores têm dificuldades em se posicionar nas tarefas em equipe, devido a timidez ou baixa autoestima em relação às suas capacidades. Não deixe o medo tomar conta de você, fale de maneira calma e se posicione. Porém, a estagnação de alguns funcionários também pode ter raízes no comodismo, nesse caso, cabe ao RH ou ao gestor cobrar envolvimento.
Cada pessoa é única e tem formas diferentes de pensar e agir. Por isso, é preciso ter em mente que nem sempre suas sugestões serão as melhores diante dos contextos. Ouça o que os outros têm a dizer e respeite suas respectivas opiniões.
A fofoca é um grande problema durante um trabalho em equipe. Comentar sobre o outro “pelas costas”, pode ser bastante prejudicial para a autoestima de determinado funcionário e gerará uma sensação de desconfiança dentro do grupo.
A melhor forma de resolver um problema é dialogando com os envolvidos. Conflitos quando guardados em silêncio podem acarretar em mágoas e baixa autoestima, como resultado, o grupo não trabalhará de forma engajada. Quando necessário solicite ajuda do setor de RH.
Confira também algumas dicas de como se preparar para o mercado de trabalho, o que contribui para lidar com essas situações.
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