Qualidade e Processos

Fordismo e Toyotismo: o que são? Quais as diferenças?

Fordismo e Toyotismo são dois modelos de produção desenvolvidos para otimizar a produtividade das indústrias. Foi bastante utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, mas se faz presente até hoje dentro das grandes multinacionais.

Sem tempo para ler e entender o que é Fordismo e Toyotismo? Ouça o podcast da Irene Nohara, que é doutora em Direito Administrativo, e tenha uma explicação rápida sobre os sistemas fordista e toyotista:

O Fordismo e o Toyotismo são dois modelos de produção criados para otimizar a eficiência e a produtividade de indústrias. Contudo, são sistemas totalmente diferentes:

O fordista foca na produção em massa

O toyotista tem como princípio a produção sob demanda

Falar sobre linha de produção sem citar os termos Fordismo e Toyotismo é completamente impossível. Ambas as vertentes foram fundamentais para a história da indústria no mundo e continuam importantes para vários métodos que utilizamos até hoje. Com base nisso, todos os gestores e pessoas que trabalham nesse meio precisam entender sobre o tema.

Sabendo disso, separamos aqui tudo sobre os métodos de produção fordista e toyotista: quais são as suas características e qual é mais adequado para a atualidade. Desse modo, você pode estudar a implementação na sua empresa e ver seus lucros crescendo cada vez mais. Acompanhe abaixo!

Toyotismo vs. Fordismo

Em linhas gerais, ambas as metodologias visam um melhor andamento das linhas de produções dentro das indústrias. Com isso, aprimoram os processos de produção e aumentam o lucro da empresa. No entanto, na prática, as duas possuem caminhos de atuação bem diferentes.

O Fordismo, criado por Henry Ford, tem como foco a produção em massa, por meio do uso e auxílio das máquinas. Além disso, dentro dele a lei é cultivar estoques, de modo a ter todo o produto a pronta entrega.

Outro ponto fundamental que precisa ser ressaltado é que a produção em larga escala também visa diminuir os custos para o produtor.

No entanto, isso implica diretamente na qualidade do produto, que é reduzida conforme a escolha da matéria-prima mais barata. Sendo assim, torna-se evidente que o foco proposto pelo método é a quantidade e não a qualidade.

O Toyotismo, por sua vez, trabalha de maneira diferente. A produção só começa a partir da demanda do cliente, o que evita os estoques e o desperdício de dinheiro

infográfico explicando as características do modelo toyostimo

Ademais, outro ponto divergente é que, ao contrário do Fordismo, que foca em um processo por colaborador, no Toyotismo visa-se o conhecimento geral de todos os procedimentos

Ou seja, enquanto no Fordismo o trabalhador conhece apenas uma função, no Toyotismo ele tem que saber de todo o processo do produto.

Desse modo, os funcionários possuem funções menos específicas, trabalhando naquilo que tiver maior demanda no momento. 

O lema “Just In Time” se aplica à produção daquilo que é necessário, “apenas no tempo certo”, visando a qualidade do produto acima de tudo, bem como a maior satisfação dos clientes.

Além disso, a Toyota utilizou o método 5S para contribuir com a organização e produtividade desses processos de produção. Confira o vídeo a seguir e descubra o que é essa metodologia e como você pode aplicar na sua empresa:

Em quais momentos o Toyotismo se destaca?

Sabendo das diferenças entre Fordismo e Toyotismo, fica evidente que o segundo possui uma linha de pensamento mais adequada com as condições atuais e com a Globalização. 

Dentre tanta concorrência no mercado, não oferecer produtos de qualidade pode ser sinônimo de nunca ser o escolhido e ver o lucro da empresa cair.

Além disso, o modelo de trabalho do Fordismo pode gerar sérios prejuízos para a empresa. Os estoques, por exemplo, se tratam de investimento parado e sem previsão de retorno. Caso ocorra qualquer imprevisto, todo o valor investido na matéria-prima e na produção é completamente desperdiçado.

Ademais, o fato da escassa verificação de qualidade durante os processos é um grande problema encontrado no modelo.

Quando a checagem é realizada apenas no produto final, o risco de descobrir erros incorrigíveis cresce consideravelmente. Desse modo, é preciso que o item seja descartado e produzido novamente, gerando retrabalho e ainda mais desperdício financeiro.

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Como aplicar o modelo de Toyotismo em uma empresa tradicional?

A relação entre Fordismo e Toyotismo é indireta e o segundo sempre ganha mais destaque por suas vantagens. Sendo assim, a procura pela implementação dele cresce cada dia mais. Com base nisso, confira as principais características do modelo e como aplicá-lo na prática!

Produção por meio de demanda

Imagine que você possui uma empresa de uniformes escolares. Caso seguisse o modelo de produção do Fordismo, a ideia seria costurar muitas peças e deixá-las prontas, esperando que os novos alunos viessem comprá-las. No entanto, isso poderia significar a perda de muito tecido, devido à baixa demanda.

Seguindo o Toyotismo, no entanto, o pensamento seria divulgar a produção dos uniformes e produzi-los sob medida. Desse modo, o cliente sairia mais satisfeito, com uma peça ideal para sua estrutura, e você não teria prejuízo nenhum com estoque parado.

Treinamento dos colaboradores

Agora, imagine que durante a produção da peça encomendada, surgiu um problema e um colaborador teve que faltar. Se o Toyotismo já estiver implantado, dificilmente a falta causará algum efeito devastador na produção. Isso porque outros colaboradores com conhecimento dos processos poderão executar a função do faltante.

No entanto, para que isso se torne possível, é essencial realizar treinamentos prévios com todos os integrantes da equipe. Assim, todos eles estarão preparados para realizar suas respectivas funções e suprir possíveis “buracos” eventuais.

Gestão da qualidade impecável

De nada adianta produzir apenas através de encomenda se as peças saírem em um padrão insatisfatório e com má qualidade. Sendo assim, é de suma importância dentro do Toyotismo aplicar a gestão da qualidade em todos os momentos.

O ideal é montar uma equipe com foco central nessa atividade, mas sempre integrando todos os colaboradores. Desse modo, independentemente do tipo de produto criado, tornar-se referência no mercado será natural.

Toyota e o Lean Manufacturing

O Lean Manufacturing nada mais é que o sistema de gestão da qualidade desenvolvido pela própria Toyota. Ou seja, sua relação é direta e já se mostrou extremamente eficaz para resolução de problemas.

O método Lean visa reduzir os desperdícios dentro da linha de produção, de modo que ela se torne, em tradução literal, enxuta. Sendo assim, quando aplicado em parceria com o Toyotismo, ambos se tornam um combo bastante eficaz e lucrativo para a empresa.

Para saber como aplicar essas técnicas na prática na sua empresa sugerimos o curso online de Lean Manufacturing Specialist. 

Independente de você querer se tornar um especialista no assunto ou não, as técnicas e frameworks são voltados para resolver os problemas da sua empresa.

São mais de 50 aulas exclusivas e 16 horas de conteúdo para desenvolver a capacidade de identificar defeitos e desperdícios em processos produtivos para maximizar o retorno.

Mas, se preferir ter uma melhor noção básica do conteúdo de forma gratuita, sugerimos o curso Lean Manufacturing Basic (100% grátis).

E, para complementar, conheça os 5 princípios do Lean Manufacturing e como eles podem ajudar a aumentar os lucros da sua empresa no vídeo abaixo.

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Carlos Sander

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.

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