Profissionais qualificados esperam — e merecem! — ser recompensados adequadamente pelo trabalho realizado. Uma das formas de fazer isso é por meio da remuneração estratégica, que engloba diversos benefícios para o colaborador, como day off, comissões e outros.

Se está com dificuldades em motivar a equipe e desenvolver uma gestão de alta performance, essa estratégia pode ser um passo importante na construção de uma empresa saudável e funcionários motivados! Mas o que é, como funciona e quais são as vantagens da remuneração estratégica? Continue a leitura e confira!

O que é remuneração estratégica?

o que é remuneração estratégica

Remuneração estratégica é uma maneira de recompensar os colaboradores pelo seu excelente desempenho, por isso, vai além do salário fixo mensal. De formas monetárias, como comissões e participação nos lucros, e não monetárias, por exemplo, day off no aniversário e ações de datas comemorativas.

Dessa maneira, eles se sentem mais motivados ao perceber que estão sendo reconhecidos e valorizados pela organização. Independentemente de ser uma premiação financeira ou não, o objetivo principal é remunerar os funcionários que mais se empenharam pelo sucesso da empresa, o que pode ser feito de forma pontual, mensal ou anual.

Para que a sua escolha seja mais assertiva, conheça a seguir os tipos de remuneração estratégica.

Tipos de remuneração estratégica

conheça os tipos de remuneração estratégica

São vários tipos de remuneração estratégica que a empresa pode adotar por meio de ações promovidas pelo RH em união com a gestão.

Para que seja palpável a identificação do aumento de desempenho e da produtividade com essas ações, é essencial que o time de RH faça avaliações de desempenho e desenvolva métricas. Essa atitude trará transparência para o profissional e para a empresa.

A escolha depende de como a organização está estruturada, do perfil dos colaboradores e do orçamento que a empresa tem disponível para a prática de bonificações.

Dentre todos os tipos, separamos os 5 mais utilizados para que você consiga inserir na dinâmica organizacional:

1. Comissão

A comissão é uma bonificação individual, geralmente atrelada a uma meta a ser alcançada, que pode ser aplicada seja no ramo das vendas ou na operação.

Elas podem ser atingidas de maneira gradual partindo de um ponto inicial. Por exemplo, se o mínimo para receber alguma bonificação é 70% da meta, quando atingido esse percentual, o colaborador receberá em dinheiro o correspondente a isso.

  • Defina os termos da comissão: escolha entre porcentagem das vendas ou valor fixo e esclareça as regras para evitar confusões;
  • Estabeleça os critérios: defina metas de vendas ou objetivos claros e determine quando as comissões serão pagas;
  • Calcule as comissões: use os termos e os critérios para calcular. Para porcentagem, multiplique vendas pelo percentual;
  • Verifique as vendas ou as atividades: garanta registros precisos e evite disputas futuras;
  • Comunique os resultados: informe os envolvidos sobre suas comissões por meio de relatórios ou e-mails;
  • Gerencie impostos e deduções: calcule e retenha impostos corretamente conforme as leis fiscais locais;
  • Pague as comissões: siga a programação acordada e faça os pagamentos;
  • Mantenha registros: mantenha registros detalhados para fins de prestação de contas;
  • Lide com disputas: tenha políticas de resolução e aborde possíveis problemas;
  • Avalie e ajuste: revise periodicamente o sistema e faça ajustes conforme necessário.

2. Participação nos lucros e nos resultados

Esse tipo de remuneração é coletiva e remunera todos os colaboradores da empresa igualmente, de acordo com as metas de receitas alcançadas pela empresa. Pode ser feito de forma regular ou pontual, como a cada trimestre, a cada semestre ou anualmente.

Assim como nas comissões, é preciso seguir algumas diretrizes para que isso funcione:

  • Defina as metas: deixe bem claro para todos qual é a meta a ser atingida (seja de vendas, receita ou produção);
  • Calcule as comissões e estabeleça prazo de encerramento e pagamento;
  • Seja transparente e comunique com clareza os resultados alcançados;
  • Cumpra com os prazos estabelecidos.

Lembre-se de estabelecer metas atingíveis, pois, caso seja algo inatingível, pode gerar um efeito contrário e desanimar o colaborador.

3. Não monetária

Como o próprio nome já diz, são benefícios que não são diretamente financeiros. Folgas sem necessidade de repor horas, treinamentos de equipe e cursos e capacitações são exemplos de uma remuneração estratégica não monetária.

Algumas empresas optam por premiar o funcionário com um day off no dia do aniversário, chocolates durante a festividade de páscoa, cestas recheadas de presentes natalinos ou lembranças no Dia das Mulheres, Dia das Mães e Dia dos Pais.

Também são consideradas como remuneração estratégica não monetária as capacitações e cursos que a empresa patrocina para os seus colaboradores. Além de motivá-los, também agregam em conhecimento, beneficiando ambos.

4. Gratificação

Voltada para alguma circunstância específica por serviço ou datas especiais, como bônus no aniversário, por tempo de serviço ou por avançar um grau de escolaridade (graduação, pós-graduação, dentre outros).

Aqui, é recomendado tanto bonificações monetárias quanto não monetárias. Por exemplo, jantar ou viagem após completar determinado tempo de trabalho na empresa. Já o bônus de aniversário pode ser um presente ou vouchers de descontos em produtos da empresa.

5. Gamificação

Gamificação é o conjunto de dinâmicas e treinamentos que seguem o mesmo esquema de jogos (regras, fases, pontuações, missões e, por fim, bonificações). Esse tipo de remuneração estratégica, quando utilizada da forma correta, é um excelente recurso para estimular a competitividade saudável, a mudança de comportamento e novos aprendizados.

Quais são as vantagens do modelo?

quais as vantagens em fazer remuneração estratégica

São muitas as vantagens de adotar o método de remuneração estratégica em sua organização. Dentre as principais, podemos citar:

  • Aumenta o desempenho individual;
  • Aumenta o engajamento individual e da equipe;
  • Melhora o clima organizacional;
  • Atrai e retém talentos;
  • Aumenta a lucratividade da empresa.

Entenda os desafios e como superá-los

Um dos grandes desafios que as organizações enfrentam é conciliar o bem-estar dos colaboradores e ações que proporcionam qualidade de vida com o capital da empresa. Sendo assim, antes de adotar qualquer novo método, é necessário planejamento! Para dar início, conheça o plano de ação 5W2H.

Além do planejamento financeiro, também é preciso dar atenção aos perfis dos colaboradores. Isso é importante para entender quais serão as melhores estratégias para o perfil profissional geral, com o objetivo de potencializar o empenho e o engajamento de fato.

Também é preciso tomar cuidado com grandes estímulos à competição entre os colaboradores ou equipes. Quando adotados métodos de bonificações, faça de forma saudável para que não gere ansiedade ou prejudique o clima.

Plano de carreira e salário também importam

plano de carreira e de salário vantagens

Após considerarmos os tipos de bonificações extras dentro da remuneração estratégica, é hora de voltar a atenção a outros dois fatores importantes no reconhecimento dos colaboradores: plano de carreira e salário.

Definir um plano de carreira abre possibilidades para o funcionário, afinal, ele passa a enxergar a empresa como uma opção de construção profissional. Quando se estabelece para onde ir e onde pode chegar, torna-se mais fácil manter a motivação e o engajamento.

Vale lembrar que, quanto mais o profissional evolui e ganha novas responsabilidades, o salário precisa acompanhar esse crescimento e ser readequado de acordo com as novas atribuições!

De maneira geral, o objetivo de uma gestão de pessoas de qualidade é promover o desenvolvimento de pessoas, estimular o engajamento geral e aumentar o desempenho dos colaboradores. Conforme identificado durante o artigo, essas metas podem ser conquistadas por meio da remuneração estratégica e de um plano de carreira bem estabelecido.

Que tal expandir ainda mais seus conhecimentos? Confira o nosso post sobre tomada de decisão. Esse conteúdo vai te ajudar a aperfeiçoar ainda mais sua gestão. Nos vemos por lá!

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Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.