Diagrama de causa e efeito: Como aplicar?
Os diagramas são ferramentas visuais essenciais para representar conceitos e processos de forma clara e objetiva. Entre os diversos tipos, o diagrama de causa e efeito, também conhecido como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, destaca-se por ajudar a identificar as causas raiz de problemas em empresas e processos.
Esta poderosa ferramenta é utilizada em diversas áreas, como gestão da qualidade e resolução de problemas, proporcionando uma visão mais estruturada e eficiente.
No conteúdo de hoje, você vai aprender tudo sobre o diagrama de causa e efeito, descobrir como ele pode beneficiar sua organização e conferir exemplos práticos de aplicação para otimizar seus processos!
O diagrama de causa e efeito, também conhecido como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, é uma ferramenta visual amplamente utilizada para identificar, explorar e apresentar as possíveis causas de um problema ou efeito dentro de um processo.
Dessa forma, ele se torna uma ferramenta fundamental na melhoria de processos, pois permite entender as causas raízes que impactam a performance e eficiência de uma organização. O objetivo do diagrama é apontar fatores que levam uma organização a enfrentar certas adversidades.
Sua origem remonta a 1943, no Japão, quando foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, engenheiro químico da Tokyo University, que também deu seu nome ao diagrama. Essa ferramenta se baseia nos famosos 6M, que representam as principais categorias de causas que influenciam um problema ou processo. Mas, afinal, o que são os “6M”? Confira:
Nessa categoria, as causas estão relacionadas às práticas, procedimentos e técnicas utilizadas na execução dos trabalhos. A empresa deve se questionar até que ponto a forma de trabalho adotada impactou no problema. Falhas nos processos ou falta de padronização podem ser fatores críticos a serem analisados.
As causas aqui envolvem o material utilizado no processo de produção ou formulação do trabalho. Problemas podem surgir não apenas pela inadequação do material ao produto, mas também pela qualidade do mesmo. A empresa precisa avaliar se os materiais são apropriados e se estão atendendo aos requisitos exigidos.
Nessa categoria, as causas estão associadas às atitudes e dificuldades relacionadas com o colaborador. Os problemas podem ocorrer por insegurança, desleixo, falta de experiência ou desmotivação. Dessa forma, a empresa deve questionar acerca da preparação e treinamento dos seus colaboradores ou futuros contratados.
Não deixe de conferir: Regra de Pareto 80/20 — como aplicar o método à qualidade?
Aqui, as causas estão relacionadas ao maquinário e equipamentos utilizados no processo. Problemas podem decorrer de falhas nos instrumentos, falta de manutenção adequada ou, até mesmo, da má utilização dos equipamentos.
A empresa deve investigar se o maquinário está funcionando corretamente e se a manutenção preventiva está sendo realizada de forma eficiente.
Nessa categoria, as causas estão ligadas às métricas e sistemas de medição usados para avaliar o desempenho do processo. Erros de calibração, falhas nos indicadores ou na avaliação de resultados podem ser as principais causas do problema. A empresa deve revisar as ferramentas de medição e garantir que estejam precisas e atualizadas.
Por fim, as causas dessa categoria estão relacionadas ao ambiente físico e organizacional onde o processo ocorre. Fatores como o local de trabalho, espaço disponível, condições de temperatura, poluição ou ruído podem impactar a produtividade e a qualidade.
Aplicar o diagrama de causa e efeito, também conhecido como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, envolve uma série de etapas estruturadas para identificar as causas raízes de um problema ou efeito específico.
Aqui estão as 7 etapas detalhadas para aplicar essa ferramenta de forma eficaz:
O primeiro passo para montar o diagrama de Ishikawa é definir o problema. Durante essa etapa, deve-se buscar a objetividade e a clareza, determinando um problema de cada vez.
A objetividade e a determinação de um único objetivo têm por finalidade trabalhar de maneira certeira as intervenções, sem desviar-se do ponto principal.
Divida as possíveis causas em categorias principais. As categorias clássicas são os 6M (método, máquinas, materiais, mão de obra, medição e meio ambiente), mas você pode adaptá-las conforme a necessidade do seu processo ou problema. Essas categorias ajudam a organizar as causas em grupos e tornam o diagrama mais fácil de entender.
Para cada categoria, liste as possíveis causas e indicadores de qualidade mais detalhados que podem estar contribuindo para o problema. Questione as diferentes áreas envolvidas no processo e reúna informações de todas as partes interessadas. Exemplo:
Desenhe a estrutura do diagrama com a “cabeça de peixe” representando o problema e as “espinhas” principais representando as categorias de causas. Em seguida, adicione as causas específicas como ramificações dessas espinhas. Confira o passo a passo:
Após completar o diagrama, analise as causas identificadas. Pergunte-se: quais dessas causas têm maior impacto no problema? Quais podem ser abordadas de forma mais eficaz?
Priorize as causas mais críticas para investigar mais a fundo e implementar ações corretivas.
Com base nas causas identificadas e analisadas, desenvolva um plano de ação para corrigir ou mitigar as causas raiz. Isso pode envolver mudanças nos processos, treinamentos adicionais ou ajustes nos equipamentos.
Após implementar as soluções, monitore os resultados para garantir que o problema tenha sido resolvido. Se necessário, faça ajustes no plano de ação.
O diagrama de causa e efeito é uma ferramenta poderosa para identificar as causas raízes de problemas e melhorar processos. Aqui estão alguns casos em que você deve considerar usar essa ferramenta:
Além de facilitar a visualização das causas e efeitos relacionados ao problema apresentado por uma organização, o diagrama de Ishikawa propõe outros benefícios para o processo produtivo e organizacional de uma empresa. Assim, essa ferramenta tem como principais vantagens:
Vamos usar um exemplo prático para mostrar como aplicar essa ferramenta de forma eficaz. Neste caso, o problema é atraso nas entregas de produtos aos clientes. Veja a seguir:
O atraso nas entregas de produtos é o problema central, afetando a satisfação do cliente e a reputação da empresa. O primeiro passo é identificar o problema de forma clara.
O diagrama de causa e efeito utiliza as 6M para categorizar as causas. As categorias principais podem ser:
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No diagrama, o problema (atraso nas entregas) fica na “cabeça do peixe”, com as causas divididas nas categorias das 6M. Exemplo de causas:
Ao analisar o diagrama, podemos identificar que a falta de manutenção nos veículos e a falta de treinamento dos colaboradores são as causas principais para os atrasos.
Baseado nas causas identificadas, a empresa pode tomar ações corretivas:
Após implementar as soluções, é essencial monitorar o desempenho das entregas, acompanhando se os atrasos diminuem e ajustando as ações conforme necessário.
Se você chegou até aqui e gostou do nosso conteúdo sobre diagrama de causa e efeito, queremos reforçar que esse é o nosso propósito — oferecer informações de qualidade para ajudar pessoas como você a alcançar seus objetivos profissionais de forma mais rápida e eficaz.
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