Os diagramas são representações gráficas ou visuais, utilizadas para ilustrar esquemas, conceitos ou ideias. Esse recurso pode ser aplicado em diferentes áreas como economia, política ou até mesmo em empresas, para facilitar a compreensão de dados e etapas. Dentro os mais variados tipos, tem se destacado o diagrama de causa e efeito, de Ishikawa ou espinha de peixe.
Saiba mais sobre essa ferramenta e descubra como aplicá-la em sua organização com exemplos práticos!
O diagrama de causa e efeito é uma ferramenta utilizada para levantar as dispersões ou principais causas de um problema, analisando todos os fatores envolvidos com a execução do processo.
Dessa forma, o seu propósito é apontar os principais fatores que levam uma organização a enfrentar certas adversidades.
A sua origem data de 1943, no Japão, onde foi criado por Kaoru Ishikawa, engenheiro químico da Tokyo University que, também, deu origem ao nome do diagrama. Essa ferramenta tem como base os famosos 6M da manufatura, classificando os problemas nessas 6 categorias:
A elaboração e aplicação do diagrama de causa e efeito deve seguir regras básicas. O processo começa com a definição do problema, seguido da construção do gráfico e das propostas de solução.
Durante a sua elaboração, é importante a participação da equipe, e esse processo pode ser realizado, inclusive, em sessões de Brainstorming, exercitando a criatividade em grupo.
Confira a seguir as principais etapas desse procedimento:
O primeiro passo para montar o diagrama de Ishikawa é definir o problema. Durante essa etapa deve-se buscar a objetividade e a clareza, determinando um problema de cada vez.
A objetividade e a determinação de um único objetivo tem por finalidade trabalhar de maneira certeira as intervenções, sem desviar-se do ponto principal.
Após definir o problema, é importante estabelecer e listar as suas principais causas tendo como base o 6M.
Além disso, durante esse processo, deve-se identificar e priorizar as causas mais relevantes e impactantes para o problema em questão.
Então, o terceiro passo será elaborar o diagrama em espinha de peixe.
Por fim, com o gráfico em mãos, os planos de ação deverão ser criados buscando solucionar os problemas e melhorar os processos envolvidos com cada causa.
Dessa forma, serão desenvolvidas atividades para que gestores e colaboradores possam praticar a ação de mudança proposta.
Além da determinação dos papéis de cada setor, é imprescindível traçar metas claras, objetivas e com prazos determinados para que as causas sejam solucionadas e o problema eliminado.
Ao aplicar novas metas e realizar novos projetos, é necessário monitorar e gerenciar cada etapa para atingir a excelência.
Sob esse aspecto, o diagrama de causa e efeito pontua os principais problemas e busca aprimorar o desempenho de projetos e processos de uma instituição.
Além de atuar no controle de qualidade, essa ferramenta pode ser utilizada para:
Além de facilitar a visualização das causas e efeitos relacionados ao problema apresentado por uma organização, o diagrama de Ishikawa propõe outros benefícios para o processo produtivo e organizacional de uma empresa. Assim, essa ferramenta tem como principais vantagens:
A melhor maneira de entender o funcionamento de uma ferramenta ou metodologia, é analisando exemplos e aplicações práticas.
Já que, a visualização possibilita uma melhor compreensão e pode nortear processos em desenvolvimento. Assim, para te ajudar, confira a seguir alguns exemplos de utilização do diagrama de causa e efeito.
Em nosso primeiro exemplo vamos imaginar que um hospital percebeu um aumento no número de pacientes com lesões decorrentes de quedas. Esse fato provoca um aumento no tempo de internação, dos custos de tratamento e deteriora a qualidade de vida do indivíduo.
À vista disso, os gestores da instituição analisaram os casos e constataram que, dentre as principais causas do aumento no número de quedas, algumas eram por:
Com as causas listadas, eles desenvolveram o diagrama de causa e efeito, traçando a direita da seta o aumento do número de quedas e as ramificações com cada motivador. Em seguida, os gestores e colaboradores desenvolveram um planejamento com as principais ações a serem tomadas, dentre elas:
Diante dessas alterações, os eventos de quedas e suas consequências devem ser reduzidos, diminuindo os gastos e desgastes provocados pelo incidente.
Como segundo exemplo, uma empresa tem enfrentado atrasos recorrentes na produção de um produto, o que tem atrapalhado nas vendas e, consequentemente, nos lucros.
Sendo assim, as equipes foram reunidas para determinarem os principais motivos desse atraso, sendo apontadas 3 causas dentro do padrão 6M:
Com as causas apontadas, os gestores elaboraram o diagrama de causa e feito seguindo os procedimentos necessários e elaboraram o plano de ação. As principais ações traçadas foram:
A partir dessas ações, a empresa espera retomar os lucros e os prazos para produção.
No terceiro e último exemplo, uma empresa de telemarketing estava enfrentando um problema de demora nos atendimentos. Após uma reunião, a equipe concluiu que os 3 principais motivadores do problema eram:
Diante disso, foi elaborado o diagrama de Ishikawa com o problema principal e as respectivas causas. Após o processo de desenvolvimento, foram traçados os planos de ação:
Assim como nos outros exemplos, a empresa espera que, seguindo as etapas e traçando as ações e mudanças a serem realizadas, o problema seja resolvido e os processos sigam o curso desejado.
O diagrama de causa e feito é uma ferramenta de grande utilidade para os processos de uma instituição. Através do seu uso e dos planos de ação, espera-se evitar gargalos de produção e atingir maiores rendimentos.
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