Para começarmos a entender o que é FMEA em gestão da qualidade, devemos primeiro entender sua sigla, que vem do inglês: Failure Mode and Effect Analysis, ou, análise dos modos de falha e seus efeitos.
O FMEA é uma forma de os profissionais de Lean Six Sigma conseguirem evitar possíveis falhas na produção de produtos e durante processos.
O uso da ferramenta permite identificar possíveis problemas e seu impacto em toda a entrega, já nos primeiros passos do projeto.
O FMEA é um método para identificar todas as falhas possíveis de um processo, bem como suas formas.
Por falhas podemos entender quaisquer erros ou defeitos, reais ou potenciais, que um processo pode apresentar. A prioridade é a identificação de falhas (ou possíveis falhas) que afetam os clientes.
A “análise de efeitos” refere-se ao estudo das consequências dessas falhas.
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Aprendendo o que é FMEA você conseguirá priorizar as falhas de acordo com a:
O objetivo principal do FMEA é identificar as falhas, priorizá-las em relação ao risco de ocorrerem e suas consequências, e, por fim, tomar medidas para eliminar ou reduzir sua ocorrência.
Idealmente, o FMEA atua desde os primeiros estágios conceituais de um projeto. Iniciando sua análise na fase de design e permanecendo durante toda a vida útil do produto ou serviço.
Observação: O FMEA também tem o objetivo de documentar o conhecimento atual sobre erros, e as ações realizadas para reduzir os riscos. A razão para isso é gerar um conhecimento importante para a melhoria contínua de processos.
Tão importante como saber o que é FMEA na qualidade, é aprender como e onde aplicá-lo. Então seguem algumas das aplicações possíveis:
Descrevendo passo a passo fica fácil acompanhar uma aplicação básica do que é FMEA.
Lembrando que você pode e deve adaptar o modelo à realidade da sua empresa, de forma a otimizar resultados.
A seguir 14 maneiras de aplicar o que é FMEA na qualidade:
Reúna uma equipe que tenha conhecimento sobre o processo e as necessidades do cliente. O ideal é montar uma equipe com profissionais que tenham competências diferentes. Entre as atribuições mais comuns em uma equipe que vai aplicar FMEA estão:
Além disso, é preciso que o time esteja capacitado com cursos sobre Inteligência Emocional e Comunicação para garantir um profissional mais pronto para atuar na empresa.
Saiba mais sobre as melhores formas de prestar atenção do seu cliente no nosso vídeo abaixo:
A segunda etapa do FMEA é identificar os tipos de falhas que são prováveis e quais já estão acontecendo dentro de um sistema. Use fluxogramas para identificar o fluxo de trabalho e analisar cada etapa do processo e da produção.
Também pode ser importante dividir um processo completo em partes menores para compreender onde a falha é mais provável.
Você pode dividir por exemplos em fases como:
Para cada função, identifique todas as formas pelas quais a falha pode acontecer em cada fase.
Se necessário, volte e reescreva o processo com mais detalhes para garantir a compreensão dos modos de falha.
Para cada falha identificada existem consequências que afetam o processo, o sistema, além claro do:
Além de consequências internas, a falha pode afetar o cliente. Por isso, dentro do FMEA é fundamental identificar:
Quão grave é a consequência de da uma das falhas identificadas?
A gravidade de uma falha, ou “S”, assim como as chances de ocorrência que apresentaremos a seguir, são medidos, geralmente, em uma escala de 1 a 10, onde:
Ao olharmos para as consequências de uma falha estamos estudando o resultado da sua ocorrência. Entretanto, assim como existe uma consequência para cada falha também existem uma causa para ela. Ou seja, uma razão para ela ter ocorrido.
Determinar todas as possíveis causas de uma falha é parte fundamental do processo de tentar evitá-las, correto? Parece bem intuitivo. Entretanto, muitas empresas agem apenas quando o problema já ocorreu.Não faça isso!
Novamente, uma equipe multidisciplinar se mostra fundamental para o resultado efetivo dessa analise.
Assim como você mede a gravidade da consequência de uma falha, você também deve medir o potencial de ocorrência de cada causa.
A ocorrência, ou “O”, é geralmente avaliada em uma escala de 1 a 10, onde 1 é extremamente improvável e 10 é inevitável.
Na tabela FMEA, indique a classificação de potencial de ocorrência de cada causa.
Imagem: Siteware
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A classificação de detecção, ou “D” estima a probabilidade de detectar a causa ou seu modo de falha depois de terem ocorrido, mas antes que o cliente seja afetado.
A detecção também é geralmente classificada em uma escala de 1 a 10, em que 1 significa que o controle tem certeza absoluta de detectar o problema antes de chegar ao cliente e 10 significa que o controle de qualidade não detecta o problema (ou não existe controle).
A prioridade de risco é calculada pela fórmula: S × O × D (passos 5, 7 e 8).
Esse valor orienta a classificação das falhas na ordem em que devem ser resolvidas.
Com todos esses dados em mãos é hora de agir! O objetivo da sua equipe deve ser criar estratégias para otimizar os processos com foco em:
Defina também: quem é responsável pelas ações e as datas de implementação de cada melhoria.
À medida que as ações são desenvolvidas, acompanhe os resultados e inclua a data no formulário de FMEA. Além disso, observe as novas classificações S, O ou D.
Para ler depois – Macroprocessos: como ter uma visão integral do seu negócio
Você viu como é importante conhecer o que é FMEA e como ele é relevante na Gestão da Qualidade. Também aprendeu como aplicar no dia a dia de sua empresa e como ela está diretamente ligada a qualidade de seus produtos ou processos.
Sugerimos que complemente sua leitura, com o artigo; “Guia rápido sobre FMEA mais exemplo prático de como aplicar”.
O FMEA é uma ferramenta valiosa que pode ser usada para obter uma série de benefícios, incluindo maior confiabilidade de produtos e serviços, prevenção de alterações tardias no design e aumento da satisfação do cliente.
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