Sem tempo para ler este post sobre Análise de Pareto? Ouça o episódio 12 do Logisticast e entenda a importância desta ferramenta na identificação e priorização de problemas em projetos:
Você conhece a Análise ou Diagrama de Pareto? Trata-se de uma ferramenta extremamente útil para os seguintes situações:
Neste artigo, vamos descobrir como criar um Diagrama de Pareto passo a passo e quais ferramentas podem ajudar neste processo. Continue a leitura!
O que é a Análise de Pareto?
A Análise de Pareto, que também é conhecida como Diagrama de Pareto, Gráfico de Pareto e Curva de Pareto, é uma ferramenta que tem como objetivo direcionar de formas mais eficientes os esforços de melhoria contínua.
Essa ferramenta pode ser utilizada sempre que as classificações gerais dos problemas, erros, defeitos e feedbacks puderem ser classificados para análises posteriores. Contudo, lembre-se que o Diagrama de Pareto não identifica causas, ok?
Essa ferramenta foi criada pelo italiano Vilfredo Pareto, um nome pioneiro no esforço de definir uma lei na distribuição dos rendimentos. Em uma de suas linhas de estudo, ele percebeu que 80% da riqueza de uma população se concentrava em apenas 20% dela.
Essa descoberta passou a ser muito utilizada na indústria depois do destaque das Mesas Redondas de Gerenciamento, realizadas na Universidade de Nova York no início dos anos 40.
Na metodologia, os problemas relacionados à qualidade de produtos e processos que possam resultar em eventuais perdas podem ser classificados de duas formas:
- A primeira é chamada de “pouco vitais”, e representa os poucos problemas que têm potencial de resultar em grandes perdas;
- Já a segunda é representada por “muito triviais”, indicando os problemas que possam representar adversidades e que, consequentemente, resultam em pequenos prejuízos.
Na prática, o Diagrama de Pareto funciona da seguinte forma: imagine uma situação hipotética em que há uma equipe trabalhando para melhorar a entrega dos seus fornecedores.
Conforme a análise feita pela equipe, eles perceberam que seria necessário treinar cada um dos entregadores para garantir que todos fossem cumprir os prazos.
Só que, como o número de fornecedores era alto, foi muito mais eficiente colocar cada agente de compras para trabalhar com um dos “poucos vitais” a cada mês para melhorar o desempenho de entrega no horário do fornecedor.
Pareceu confuso? Calma, vamos entender nos próximos parágrafos como desenvolver a Análise de Pareto.
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Quando usar a Análise de Pareto?
Por conta da sua capacidade de direcionamento de esforços para soluções que podem trazer grandes impactos e resolver falhas, a Análise de Pareto tem uma aplicabilidade extensa. Veja 5 situações em que ela pode trazer benefícios:
- em um processo de melhoria contínua, quando se identifica fatores para otimizar
- ao analisar os dados relacionados à falha em algum processo
- para comunicar os dados com mais clareza para outras pessoas
- quando há várias falhas, mas é preciso identificar qual é a prioridade
- para criar um consenso de qual é a melhor solução na equipe
São muitas possibilidades de uso, não é mesmo? Sempre que você identificar um contexto em que o Diagrama de Pareto possa contribuir para solucionar algum problema ou falha, não tenha medo de usá-lo.
Como criar a Análise de Pareto? (passo a passo)
A Análise de Pareto pode ser feita em 5 passos simples e práticos, veja:
- Defina o objetivo do gráfico
- Colete os dados
- Compile os dados coletados
- Crie um gráfico de barras
- Calcule a porcentagem de frequência de erros e trace o gráfico de linha
Abaixo você confere o passo a passo com mais detalhes!
1. Defina o objetivo do gráfico
Antes de qualquer coisa, é preciso entender o que será analisado com o gráfico que se criará. Afinal, é isso que irá guiar quais são os dados necessários a serem coletados para as análises.
Então, primeiramente avalie quais são os objetivos pretendidos e os deixe bem claros. Assim, o processo será mais preciso e eficaz, porque todos os envolvidos terão noção do que está sendo buscado.
2. Colete os dados
Você pode utilizar algumas ferramentas para facilitar a coleta desses dados, como formulários ou folhas de verificação.
Essa é uma etapa muito importante do processo, uma vez que é nela que a equipe irá considerar quais são as questões que precisam ser respondidas, quais irão definir a operação e quais são as variáveis para estratificação.
Para garantir a eficiência dessa fase, classifique os dados por tipo de problema, departamento, local e o que mais você julgar necessário.
3. Compile os dados coletados
Depois de coletar os dados necessários, compile-os com softwares, como o Minitab, que permite compilar as informações no formato de banco de dados.
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Além disso, nós também temos um tutorial de como construir uma Curva de Pareto com o Minitab. Confira abaixo!
4. Crie um gráfico de barras
Essa etapa envolve planilhas, ou seja, verifique se você tem o Excel, Google Spreadsheets ou similares à disposição para fazer a Curva de Pareto.
Utilizando o software de sua preferência, crie um gráfico de barras a partir dos dados coletados ou da planilha de dados que você criou. Finalize ajustando as escalas para garantir que as informações fiquem corretas. Depois disso, o seu gráfico ficará semelhante a esse:
Caso você não saiba como fazer um gráfico a partir dos dados da planilha, veja o nosso tutorial de como fazer um Diagrama de Pareto no Excel:
5. Calcule a porcentagem de frequência de erros e trace o gráfico de linha
Por fim, é hora de calcular a porcentagem de frequência dos erros em relação ao número total de defeitos.
Após este cálculo, basta traçar o gráfico de linha e ajustar as escalas para serem mostradas de 0 a 100%. Pronto! O seu gráfico estará finalizado e ficará semelhante ao da imagem a seguir:
As vantagens da Análise de Pareto
Uma das maiores vantagens dessa metodologia está em sua flexibilidade dentro da organização. Isso acontece porque, com a gestão da qualidade, o Diagrama de Pareto ajuda a identificar quais são as fontes mais comuns dos problemas na empresa, para que seja possível criar um plano de ação com foco nas melhorias.
Desta forma, é possível economizar tempo e recursos, uma vez que os esforços serão direcionados para um ponto específico onde irão garantir resultados máximos com desgaste mínimo.
O Gráfico de Pareto também tem suas vantagens para a identificação dos desperdícios do ciclo de produção, por possibilitar eliminar alguma atividade que faça parte do fluxo de produção, mas que talvez não gere tanto valor assim ao cliente final.
Toda essa otimização dos recursos gera reflexos para o cliente que, mesmo sem saber das causas dos problemas, irá com certeza reparar na melhoria geral da qualidade da produção.
Se quiser visualizar como isso aconteceria na prática, considere o setor de manufatura. Quando várias peças estão apresentando defeitos, uma alternativa é isolar as causas para descobrir se as raízes desses problemas não estão em componentes de baixa qualidade ou em algum outro ponto.
E se mesmo assim for necessário alterar o lote de um produto, a Curva de Pareto pode ser montado a fim de avaliar quais são as razões das falhas e, assim, compreender se existe alguma relação entre os defeitos que ocorreram.
Aprofunde os seus conhecimentos sobre a Análise de Pareto
Agora que você já sabe como criar um Diagrama de Pareto passo a passo para as necessidades da sua empresa, confira as leituras abaixo para seguir com seus conhecimentos:
- Regra 80/20 de Pareto: como aplicá-la à qualidade?
- Curva de pareto: veja como a ferramenta pode te auxiliar na sua empresa!
- Como fazer um gráfico de Pareto e analisar dados facilmente
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