O gráfico Six Sigma ou gráfico de controle, assim como a estratificação, é uma das sete ferramentas de qualidade, conhecidas como um conjunto de metodologias para melhorar os processos das empresas.

Ele ajuda a estabelecer métodos mais elaborados de resolução baseados em fatos e dados, o que aumenta a taxa de sucesso dos planos de ação.

Utilizado para sintetizar um grande conjunto de dados, o gráfico Six Sigma usa métodos estatísticos para observar mudanças dentro do processo, a fim de encontrar e solucionar variações fora dos limites preestabelecidos. 

Ainda está um pouco confuso? Não se preocupe, o conteúdo de hoje vai explicar tudo o que você precisa saber sobre gráfico Six Sigma. 

Como fazer um gráfico Six Sigma

Como vimos anteriormente, o gráfico Six Sigma é capaz de mostrar se o processo está estável ou se há algo anormal.

Nesse ponto, as anormalidades podem ser úteis para a melhoria de processos, pois com a ajuda do gráfico elas avisam exatamente onde agir.

As etapas para criar o gráfico Six Sigma são:

  1. Identificar a característica do processo que será monitorado;
  2. Determinar os métodos de amostragem seja por tempo, fornecedor, cliente, funcionário, material ou local;
  3. Coletar os dados;
  4. Analisar a amostra com médias, limites superiores e inferiores;
  5. Construir o gráfico baseado nos dados da amostra;
  6. Avaliar os resultados.

Composto por uma linha central horizontal (LC), limite inferior de controle (LIC) e limite superior de controle (LSC), o gráfico baseia-se em estatísticas como a média amostral, o desvio padrão amostral, entre outras. 

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Exemplo de gráfico de controle Six Sigma.

Os gráficos Six Sigma fornecem uma regra básica: pontos dispostos fora dos limites de controle indicam que o processo precisa ser analisado, pois há algo errado.

Se todos os pontos dispostos estão dentro do limite, o processo está ocorrendo dentro das conformidades.

Ao identificar pontos dispostos fora dos limites de controle, é preciso fazer o seguintes questionamentos:

  • Por que esse ponto saiu da tendência?
  • O que motivou a variação e com que frequência ela ocorre?

Essa observação auxilia em uma maior objetividade e rapidez na tomada de decisões

Motivos para usar o gráfico Six Sigma

Os gráficos Six Sigma não só mostram a tendência de um determinado processo ao longo do tempo, como apresentam dados estratificados em diversas categorias e informações para melhoria do processo. 

Confira outras vantagens: 

  • É útil para comparar dados;
  • Diminui custos gerais;
  • Aumenta a porcentagem de produtos capazes de satisfazer os requisitos do cliente;
  • Quando aplicado com frequência traz melhorias contínuas;
  • Coleta precisa de dados, incluindo ruídos capazes de causar danos à produção;
  • Valoriza o controle da qualidade;
  • Melhora o relacionamento com o cliente.

Gráfico Six Sigma e Controle Estatístico de Processo

Baseado no Controle Estatístico de Processo, os gráficos têm dois usos comuns:

  1. para monitorar a estabilidade e o controle dos processos de uma organização;
  2. como uma ferramenta de análise. 

O gráfico de causa comum é representado quando um processo é identificado como estável e em controle.

Baseado em experiências passadas, pode-se prever a variação no futuro e determinar limites. A solução é mais complexa, requer análise de todo o conjunto de dados e em geral está nas mãos da gerência.

Já o gráfico de causa especial é representado quando algum ponto fica acima do limite do controle superior ou abaixo do limite de controle inferior.

É preciso identificar a causa raiz e eliminá-la para retomar a estabilidade do processo. A solução em geral é simples e está ao alcance das pessoas diretamente envolvidas na execução das atividades. 

À medida que os pontos são colocados no gráfico, é possível analisar a variabilidade do que está sendo mensurado e ter bases concretas para a tomada de decisão. 

Tipos de gráfico para variáveis

Há quatro tipos de gráfico Six Sigma de controle:

  • O gráfico X – R é para média e amplitude (as amostras devem ser o mesmo tamanho);
  • O gráfico X – S para média e desvio de padrão (as amostras devem ser do mesmo tamanho);
  • O gráfico X – R para mediana e amplitude (as amostras devem ser do mesmo tamanho);
  • O gráfico I e MR para valores individuais e amplitudes móveis (as amostras devem ser do mesmo tamanho).

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Os gráficos Six Sigma para variáveis geralmente são preparados e analisados aos pares: um gráfico para a média do processo e outro para a variação do processo.

Apesar de ser o mais comum, o gráfico X – R não é o mais apropriado para todas as situações. 

Relação dos gráficos com o Lean Six Sigma

Como já citado e observado anteriormente, gráficos Six Sigma de controle são ferramentas valiosas para monitorar o desempenho de um processo.

Por essas e outras, gestores e coordenadores de equipes com domínio da metodologia Six Sigma devem ser capacitados para identificar as variáveis a serem medidas, além de estabelecer os limites. 

O gestor deve ter o cuidado de não tratar como variável especial uma variável comum e vice-versa.

A interpretação dos dados é imprescindível, pois não só reduzem a lacuna de informações, como também ajudam a evitar armadilhas. 

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Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.