Você saberia dizer quais são alguns dos principais aspectos relacionados à caracterização de líderes e gestores? Dentre os pontos imaginados, certamente haverá um lugar para o apontamento da responsabilidade diante de uma tomada de decisão. Afinal, esse é o tipo de estratégia com alta capacidade de transformações e impulcionamento de negócios.

E para garantir uma elaboração assertiva, é necessário considerar os aspectos que deseja alcançar, os diferentes interesses entre os demais colaboradores, as expectativas dos consumidores e possíveis vantagens e prejuízos diretamente atrelados a cada ação.

Mas, como conseguir uma estruturação bem fundamentada? Quais preparações e formações podem capacitá-lo nessa tarefa e quais os impactos desse investimento na entrega de resultados e aperfeiçoamento da sua definição? É o que veremos a seguir, em um guia completo sobre o tema. Continue a leitura e acompanhe!

O que é tomada de decisão?

A tomada de decisão diz respeito a uma ação que envolve a elaboração de uma sentença ou direcionamento a respeito de algum aspecto relevante. No cenário corporativo, está relacionada a uma escolha estratégica e fortalecida, que tem como alvo a obtenção de determinados objetivos ou a erradicação de falhas e limitações.

O que é tomada de decisão

Por conta da importância, fica geralmente sob responsabilidade dos gestores, que buscam aplicá-la após uma análise de riscos e estudo minucioso e detalhado sobre as consequências de cada uma das alternativas contempladas.

Esse processo decisório consegue produzir resultados de impacto de sucesso e pode levar um negócio à obtenção de destaque no mercado e de relevância perante os demais competidores. Mas o inverso também é válido, já que ações pouco elaboradas e empobrecidas podem prejudicar processos e projetos internos, atingindo de forma significativa a empresa.

Assim, é essencial que você, gestor, a elabore com o cuidado e atenção necessários, construindo um repertório amplo de avaliação e pavimentando um percurso altamente produtivo.

Como qualificar a tomada de decisão?

A compreensão da magnitude e importância dessa execução pode fazer com que você se questione sobre de que maneira assegurar e considerar esse julgamento, diminuindo as chances de resultados imprevisíveis ou prejudiciais à organização. Nesse sentido, listamos algumas orientações indispensáveis para a obtenção de segurança e assertividade na tomada de decisão:

1. Invista no aperfeiçoamento da sua gestão

A aposta no aprimoramento contínuo é uma posição obrigatória para qualquer profissional, mas recebe contornos ainda mais significativos quando falamos de alguém que ocupa o cargo de gestão. Afinal, cabe a você, gestor, ter um direcionamento amplo, integral e especializado sobre os demais colaboradores e projetos, aplicando escolhas produtivas.

Recorra a treinamentos específicos da área e busque uma formação completa em gerenciamentos, aptidões e desenvolvimento de soft e hard skills, conhecendo metodologias, ferramentas de apoio, de coleta de dados e de administração de metas e resultados.

2. Saiba analisar dados

A avaliação precisa dos cenários, perspectivas e informações possibilita um completo entendimento das tendências, mudanças, gaps e oportunidades de crescimento e transformação para os processos. Dessa maneira, você se torna capaz de traçar planos de ação objetivos, pavimentando execuções tomadas a curto e longo prazo.

3. Mantenha uma boa organização das informações

Uma das maiores consequências de manter uma organização interna é a delimitação de etapas bem definidas no negócio, por meio de desempenhos otimizados. Quando essa padronização e acompanhamento ocorrem, é fácil perceber a fluidez e eficiência dos processos, identificando as necessidades e demandas sobre as quais será necessário elaborar novos encaminhamentos e decisões.

Como qualificar a tomada de decisão

Quais são os tipos de tomada de decisão?

Elencamos as 5 principais variações e caracterizações possíveis para essa escolha:

1. Intuitiva

É possível que você já tenha cometido alguma ação no calor do momento, sem avaliar com calma os principais fatores e questões envolvidos, certo? E, como consequência, provavelmente se viu diante de resultados altamente instáveis e pouco colaborativos.

Se esse tipo de dinâmica já é prejudicial e pouco indicada para a nossa vida pessoal, imagine o impacto que ela pode causar em um negócio. Portanto, apesar de ainda conseguirmos identificá-la em muitos profissionais, certamente não é a indicada para qualificar uma tomada de decisão, já que trará graves consequências à rotina e futuro dos colaboradores e projetos.

2. Baseada em valores

Essa movimentação se ancora em valores morais de um profissional e é construída com base nas experiências e crenças pessoais e observadas. E, ainda que seja um pouco mais sólida que a intuitiva — por conta de sua fundamentação em exemplos e vivências percebidas, é preciso ter cautela.

Ao construir uma cultura organizacional pautada em uma moral única, a gestão e liderança desenvolvidas não se abrirão a novas visões e panoramas, entregando um repertório empobrecido e com pouca capacidade de especialização e crescimento.

3. Racional

Uma tomada de decisão racional pondera diversos fatores lógicos e comprovações apresentadas para chegar à melhor escolha e, por conta dessa postura, produz resultados impactantes e positivamente significativos.

Imagine, por exemplo, que tenha identificado a carência pela adoção de um sistema de gestão. Então, antes de contratar, analisa as opções disponíveis no mercado, compara as soluções, analisa o orçamento disponível para o gasto com esse setor e somente após essa ponderação efetua de fato a aquisição.

4. Colaborativa

Como o nome já adianta, a metodologia colaborativa avalia diversos panoramas e pontos de vista entre os demais colaboradores e responsáveis, e não apenas de seus líderes. É uma escolha bastante interessante para organizações, já que, apesar de direcionar a palavra final ao gestor, considera opiniões e insights dos demais, auxiliando em uma estratégia completa.

5. Especializada

A deliberação especializada é feita com base nos apontamentos e estudos de especialistas do tema levantado. Isso porque, muitas vezes, o assunto ultrapassa o campo de conhecimento dos gestores, que passam a contar com esse apoio. Portanto, para que a melhor atitude seja colocada em prática, um profissional com maior experiência auxilia na visualização do caminho a ser seguir.

3 passos para uma decisão assertiva no ambiente de negócios

Agora que você entende como se aperfeiçoar e quais as possibilidades colocadas frente a uma nova ação, precisa conferir o passo a passo completo para ajudá-lo a colocar essas orientações em prática. Conheça:

1. Reconheça a necessidade ou problema a ser sanado

A demanda pode surgir a partir de um problema ou de uma ação estratégica, como a de otimização do desempenho de produção, de instalação de novo setor ou até mesmo para a testagem de equipamentos e dispositivos. Mas, independentemente da razão, o primeiro passo a ser tomado é o de identificar esses sintomas, causas e resultados esperados para a seleção da escolha apropriada.

2. Calcule os pontos positivos e negativos

Hora de analisar com calma as alternativas possíveis. Mas, mais do que isso: você deve observar o que já tem sido aplicado com relação ao tema dentro da organização, visualizando aquilo que deu certo ou não e detalhando possíveis consequências e impactos da transformação.

3. Execute as ações e monitore os retornos

Após essas etapas, você tem as ferramentas suficientes para optar pela melhor decisão. Entretanto, mesmo diante de todo o planejamento, não esqueça de monitorar e acompanhar as consequências dessas escolhas. Caso algo não saia como o esperado, faça uma nova análise e os devidos ajustes no processo.

3 passos para tomar um decisão assertiva

Trouxemos um panorama sobre o que é a tomada de decisão e o quanto ela é essencial para a expansão e o amadurecimento de uma organização. E, assim como toda realização, está passível de enfrentar riscos e dúvidas.

No entanto, essa insegurança pode ser minimizada ao construir e qualificar a sua formação e o andamento dos processos, com o auxílio de indicadores precisos e assertivos e de treinamentos específicos.

Agora, que tal aproveitar para ir além dessa compreensão? Aproveite e confira nosso conteúdo especial no blog sobre como se tornar um bom gestor.

Nos vemos no próximo post!

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Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.