Você conhece o método 5S? Trata-se de uma metodologia muito utilizada por organizações que querem estruturar o fluxo de trabalho de forma metódica, por meio um processo de reeducação para sensibilizar e mobilizar os colaboradores com o objetivo de tornar o ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Neste artigo, você vai descobrir como surgiu o método 5S, as mudanças que essa metodologia trouxe para as empresas e muito mais. Continue a leitura:

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Afinal, como surgiu o método 5S?

Você deve se lembrar do desenrolar dos eventos da Segunda Guerra Mundial. O Japão saiu duramente destruído do conflito, de modo que era necessário – e urgente – reconstruir o país. Esse objetivo foi alcançado e, de certa forma, contribuiu para a concretização de outra meta: tornar à terra do sol nascente uma potência econômica mundial.

Apesar de a criação do método 5S não ser tão recente assim, muito da sua fama se deve à Toyota. Sakichi Toyoda, fundador da empresa, Kiichiro, seu filho e Taiichi Ohno, engenheiro-chefe, se uniram e desenvolveram juntos o Sistema Toyota de Produção, que também é conhecido pela sigla TPS. Essa construção foi desenvolvida com base nos ensinamentos de Juran, Deming e outros.

Para projetá-lo, os três foram aos Estados Unidos e estudaram cuidadosamente a linha de montagem da Ford. Eles ficaram impressionados com a grandeza da máquina de fabricação e surpresos com a quantidade de lixo no local. Apesar de ser uma linha de montagem, o estoque ficava parado constantemente, o que gerava pilhas e espera entre as operações. Além disso, quando a linha era ligada, acabava gerando uma superprodução e precisava ser desativada logo em seguida. Toda essa variação causava constantes demissões e recontratações, que implicavam em vários custos extras e desnecessários.

Entretanto, o que deixou Toyoda muito interessado foi o que viu em sua visita ao supermercado Piggly Wiggly. Lá, ele ficou maravilhado com o sistema de reordenação e abastecimento que era aplicado para organizar as compras dos itens. Na Toyota, esse sistema foi adaptado de modo que eles reduziram o estoque para aquilo que era necessário por determinado período de tempo, e era reordenado conforme o uso. 

Ali, nascia o método 5S. Na prática, esse método surge para trazer harmonia para o ambiente de trabalho como uma forma de alcançar o máximo da produtividade dos colaboradores. Para isso, são aplicados cinco sensos originados do legado de Toyota.

Se quiser entender de forma mais rápida, nós temos um vídeo do nosso OnDemand Premium disponível para seu entendimento! Confira abaixo:


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Conhecendo os Sensos do 5S

O primeiro senso do método é o Seiri, conhecido como “classificação”. Ou seja, este é o momento de classificar todos os objetos e materiais do local de trabalho como uma forma de eliminar tudo aquilo que não é necessário, deixando apenas o que realmente é preciso para o trabalho. Tudo que for classificado como desnecessário deve ser armazenado em uma área específica para isso, até que a pessoa autorizada decida qual será a ação tomada com os itens que não têm utilidade. Já os outros objetos devem ser classificados de acordo com a frequência de uso dentro da rotina. 

O senso seguinte é o Seiton, traduzido como “pedido”. Ele é aplicado no momento de ordenar outra vez os objetos que sobraram no escritório, mas agora aplicando uma organização que facilite o trabalho. Por exemplo, os objetos que são utilizados com maior frequência devem ficar próximos ao local de trabalho, enquanto aqueles que não têm tanto uso podem ficar mais longe e por aí vai. Entretanto, é muito importante que os supervisores e gerentes sejam sempre informados dessas ações e as autorizem, combinado? 

Depois de tantas mudanças, é hora de limpar o local de trabalho. A limpeza é uma das regras mais importantes da metodologia japonesa, que indica sua realização antes de iniciar o dia de trabalho e depois de encerrá-lo. De acordo com o senso Seiso, que é conhecido como “limpeza”, os colaboradores devem tomar a iniciativa para garantir que o local de trabalho esteja limpo quando chegarem e quando forem embora. Para isso, eles podem criar um planejamento para definir todos os elementos que precisam de limpeza – vale incluir também o conserto de objetos e até retoques de tinta e pequenas reformas onde for necessário. 

Você deve ter notado que, até aqui, os procedimentos do 5S são bastante ordenados. Para manter isso, existe o senso Seiketsu, traduzido como “padronização”. Nele, é indicado criar procedimentos para avaliar de tempos em tempos como está a classificação, a ordem e a limpeza do local de trabalho com o objetivo de que o método vire parte dos hábitos da equipe. Uma opção para isso  é criar um cronograma com as regras e os responsáveis pela limpeza do local de trabalho. 

Finalmente, o último senso do método é o Shitsuke, traduzido como “autodisciplina”. O nome deste senso já sugere sua proposta: os colaboradores devem ter o comportamento e atitude adequados no local de trabalho, de modo que mantenham o ambiente como manteriam seus próprios lares – e sem ver todas essas ações como imposições ou regras, mas sim como simples tarefas da rotina corporativa. O objetivo maior, no fim das contas, é uma mudança na cultura organizacional.

Para saber mais sobre o método 5S, indicamos as seguintes leituras:

Estudo de Caso 5S: veja como empresas implementam essa metodologia!

O que é e qual a importância da metodologia 5S nas empresas

Melhores livros de 5S para se aperfeiçoar na metodologia

Ou, se você preferir um vídeo com excelente conteúdo sobre o método, clique aqui para conferir nossa aula sobre o método 5S. 

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Author

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.