Várias empresas de sucesso foram modificando seu jeito de pensar a produção e otimizaram os processos. Grande parte destas modificações foram realizadas graças a metodologia Lean Manufacturing Lean Manufacturing, a tão falada “manufatura enxuta”. Neste artigo, vamos explicar o conceito Lean, os pilares que o formam e muito mais. Confira:

De onde vem esse nome? 

O termo que dá nome à metodologia vem de um livro chamado “A máquina que mudou o mundo”, publicado na década de 1990 pelos autores norte-americanos James Womack, Daniel Jones e Daniel Ross. Essa obra apresentou os conceitos e métodos de trabalho aplicados ao Sistema Toyota de Produção, que trouxe toda a base desse novo sistema produtivo.

Mesmo nos dias de hoje, este livro continua sendo uma das obras favoritas dos professores das escolas e faculdades, como uma ferramenta para auxiliar na formação dos novos líderes e gestores para mostrar como eles podem, num futuro não muito distante, melhorar o sistema de produção da empresa onde trabalham.

Mas, calma, isso não significa que essa filosofia de gerenciamento surgiu nos Estados Unidos. Na verdade, o Lean Manufacturing vem de uma empresa automobilística japonesa, chamada Toyota Motor Corporation. Este cenário já existia vários anos antes da publicação do livro! É claro que, na época, eles não conheciam ainda o termo “Lean Manufacturing”. Por isso, eles chamavam essa filosofia de “TPS”, que significa “Toyota Production System”.

Os Desperdícios do Lean Manufacturing

A metodologia Lean Manufacturing identifica 7 áreas de desperdício. O primeiro deles é o transporte, que ocorre quando materiais são movidos sem agregar valor ao produto, além dos gastos desnecessários. Em seguida, vem o inventário excessivo, que envolve um aumento de estoque que não está de acordo com a necessidade dos consumidores.

Outro desperdício comum é a movimentação de funcionários ou até mesmo máquinas sem necessidade, que podem causar danos e aumentar o tempo de produção. Isso se relaciona ao desperdício da espera, que surge quando bens ou tarefas não são movidos da forma correta.

Vale também lembrar a produção excessiva, um desperdício que vai além da demanda do consumidor e causa várias consequências e custos extras. Já o processamento excessivo aparece no trabalho que não vai trazer valor, ou que até mesmo traz mais valor do que é necessário.

Por fim, os defeitos são desperdícios bem conhecidos pelas empresas. Eles podem fazer com que o time tem que recomeçar toda a produção do zero! Apesar de prejudiciais para os negócios, os desperdícios podem ser vistos como uma boa oportunidade para melhorar o processo de trabalho e otimizar os recursos disponíveis.


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A Aplicação Prática do Lean Manufacturing

Para aplicar os princípios do Lean Manufacturing, é essencial ir até onde o problema está acontecendo. A implantação adequada do Lean busca a eliminação de processos e atividades que não agreguem valor para o cliente. Isso pode ser feito por meio da aplicação de uma metodologia chamada Kaizen.

Para isso, é essencial estudar a empresa, observar e medir os dados com cuidado e precisão, analisar eventuais desvios e utilizar ferramentas simples, qualitativas e gerenciais para trabalhar sobre o problema e, assim, resolvê-lo.

Outra ação importante é conversar com os colaboradores, pois assim eles se sentem mais à vontade para exporem suas opiniões com mais autonomia e, assim, apresentarem suas próprias ideias para a melhoria de todo o processo.

É neste ponto que o Lean Manufacturing cumpre seus objetivos: maximizando o custo das operações do negócio, aumentando o valor agregado ao cliente, reduzindo o tempo da produção, diminuindo os custos envolvidos no processo, aumento a eficiência e, principalmente, diminuindo os desperdícios da empresa.

Os Pilares do Lean

Para alcançar os resultados desejados e sustentar um estado de alta performance, é preciso ter 4 pilares da metodologia bem definidos:

Filosofia

As decisões devem ser guiadas pela filosofia de Longo Prazo, mesmo que isso dependa das metas financeiras de curto prazo. Para entender, é preciso pensar primeiro na figura do líder, cuja capacidade de liderar a equipe com eficiência é exigida na formação de líderes lean.

Enquanto isso, os funcionários devem ser constantemente desafiados para aprimorarem suas habilidades. Isso agrega valor ao cliente. Se as iniciativas de melhoria da organização são direcionadas aos resultados de curto prazo sem pensar no futuro, pode haver problemas. Por isso, é essencial ampliar a visão dos negócios.

Processos

Se o processo for correto, os resultados também serão. Entretanto, é comum que as instabilidades do fluxo de informações e dados nos processos levem ao não cumprimento dos prazos de entrega e qualidade que foram solicitados pelo cliente.

É fundamental concentrar os esforços e recursos em agregar valor para os clientes de forma contínua, transformando dados e informações nos serviços que os clientes necessitam.

Pessoas e parceiros

Agregar valor à organização através do desenvolvimento das pessoas e parceiros é outro pilar que merece destaque. Há organizações cujos gestores acabam deixando o desenvolvimento dos colaboradores em segundo plano.

Por isso, diagnosticar as necessidades dos líderes em todos os níveis hierárquicos focando sempre as dificuldades de gestão junto da mudança de comportamento da liderança é essencial para obter resultados melhores e não gerar um círculo vicioso.

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Solução de Problemas

Solucionar os problemas desde suas raízes impulsiona a aprendizagem da organização. Aqui, a ideia é resolver os problemas sem restringir o foco, pois isso deixa escapar análises importantes. Uma opção é sistematizar o processo de análise e solução de problemas.  

São vários os conceitos que formam o Lean Manufacturing, certo? Você pode complementar seus estudos com outros conteúdos da metodologia com as seguintes leituras:

Kanban e Lean Manufacturing

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9 livros sobre Lean Manufacturing para sua lista de leitura

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Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.