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Janela de Johari: conheça essa ferramenta de desenvolvimento

A Janela de Johari é uma ferramenta utilizada para o desenvolvimento interpessoal, mostrando de forma gráfica as relações entre nossas percepções e aquilo que as outras pessoas conseguem ver em nós. Com essas informações representadas de maneira organizada e visual, fica mais fácil encontrar as correções a serem feitas.

Ela é ideal para ser usada em grupos na empresa ou em outros espaços que possuam o trabalho em equipe, já que a ferramenta parte do princípio de que o autoconhecimento também é formado pela percepção das outras pessoas. Quer entender como a Janela de Johari funciona e como aplicá-la no seu desenvolvimento interpessoal? Então continue a leitura do nosso artigo e confira.

O que é a Janela de Johari?

A Janela de Johari é um instrumento de autoconhecimento criado por Joseph Luft e Harrington Ingham, inclusive seu nome é composto pelas iniciais dos criadores, sendo uma junção de Jo+Hari. Ela consiste em um gráfico que demonstra toda a dinâmica das relações interpessoais e as suas possibilidades de aprendizado.

Ela pode ser utilizada de forma individual, em duplas ou em grupos de várias pessoas. Por conta disso, ela se tornou uma ferramenta muito usada no mundo corporativo para ajudar no desenvolvimento do relacionamento entre os membros das equipes.

Basicamente, ela é formada por um gráfico dividido em quatro quadrantes, semelhante a uma “janela”, onde cada espaço deve ser preenchido por você e pelas outras pessoas presentes na dinâmica, caso ela esteja sendo feita em grupo ou em dupla. Confira a seguir como é o funcionamento.

Leia também: Como ser um bom gestor?

Como funciona a Janela de Johari?

As quatro partes da Janela de Johari são conhecidas como zona aberta, oculta, cega e desconhecida. Cada uma delas se relaciona com os quatro Eus presentes na dinâmica. Conheça o que cada uma delas significa:

Aqui seria importante adicionar uma imagem da Janela de Johari, como essa: https://i.imgur.com/Gph4emR.png

  • Zona aberta: esse quadrante se refere aos pontos que você enxerga em si mesmo e as outras pessoas também;
  • Zona cega: nessa região, são colocados os fatores que os outros percebem, mas você não;
  • Zona oculta: são pontos conhecidos por você e desconhecidos pelas outras pessoas;
  • Zona desconhecida: nesse quadrante ficam os pontos desconhecidos por você e pelas outras pessoas.

Para preencher cada um dos quadrantes é fundamental tomar duas ações: a de pedir e dar feedbacks. Com isso, você e os outros participantes conseguirão preencher as próprias janelas. Veja a seguir como realizar cada uma das ações.

Pedir feedback

A busca por um feedback vai te auxiliar a conhecer quais são as percepções que os outros indivíduos têm de você mesmo. Dessa forma, fica mais fácil identificar pontos de melhoria e comportamentos que podem estar atrapalhando as suas relações interpessoais.

Por isso, é sempre importante pedir feedbacks aos seus colegas, pois a partir das informações passadas por eles, você pode reavaliar a si mesmo e buscar as melhorias necessárias. E, falando nisso, aqui em nosso blog, temos um post especial ensinando tudo o que você precisa saber sobre o feedback 1+1. Acesse e entenda esse modelo de reunião!

Dar feedback

O ato de dar um feedback ao outro é importante para ajudar o seu colega na sua evolução pessoal, mas também é uma forma de autoconhecimento. O que você diz no feedback pode mostrar o quanto determinado comportamento te afeta.

Ao oferecer um feedback, você pode se perguntar depois o porquê aquele ponto te afeta, os sentimentos causados por ele e reações tomadas a partir disso. Dessa maneira, dar um feedback também passa a ser uma ferramenta de autoconhecimento.

Quais são os quatro Eus da Janela de Johari?

Os quatro Eus da Janela de Johari são os quadrantes do gráfico, representando os níveis de conhecimento ou desconhecimento sobre determinados pontos do seu comportamento, tanto da sua perspectiva quanto das outras pessoas. Conheça um pouco mais sobre cada um deles e o que eles significam para a sua jornada de autoconhecimento:

1. Eu aberto

O eu aberto fica localizado no primeiro quadrante ou zona aberta. Ele consiste em todos os pontos comportamentais conhecidos pelas outras pessoas e por você mesmo. Se esse é o seu maior quadrante, significa que você tem uma comunicação aberta e relações autênticas com outras pessoas.

Temos em nosso blog um conteúdo sobre comunicação empresarial que vai te ajudar a encontrar algumas dicas de como melhorar esse ponto. Acesse e confira!

2. Eu cego

O segundo quadrante é chamado de eu cego, isso porque nele há somente os pontos conhecidos pelas outras pessoas, mas que você não consegue identificá-los. Nesse caso, quanto maior o eu cego, menor é o seu autoconhecimento.

3. Eu oculto

O eu oculto fica no terceiro quadrante e é basicamente o contrário do segundo. Nesse setor, as informações são conhecidas apenas por você, mas não são passadas para as outras pessoas ao seu redor. Se ele for o seu maior quadrante, significa que a comunicação e suas relações interpessoais são mais fechadas.

4. Eu desconhecido

O eu desconhecido é composto por todas as características que ainda não são conhecidas por você e nem pelas outras pessoas. Por isso, esse quarto quadrante fica vazio e serve para abrigar as futuras características que podem surgir em outras análises.

Seguindo as ações de dar e receber feedbacks, você e seus colegas podem ir preenchendo os quadrantes com os pontos comportamentais encontrados e depois analisar o que pode ser melhorado.

Entendeu o que é a Janela de Johari e como ela pode te ajudar no seu autoconhecimento? Ela é uma ferramenta muito útil para quem deseja estar em constante evolução, ajudando a melhorar as suas relações interpessoais.

Em nosso blog você tem acesso a diversas outras ferramentas e aprendizados para te auxiliar no seu desenvolvimento pessoal. Inclusive se você lidera um time na sua empresa, que tal conferir o nosso post sobre como fazer a gestão de equipes? Esse assunto é essencial para quem quer desenvolver os colaboradores e formar uma equipe mais forte. Acesse e confira algumas dicas para realizar o gerenciamento de pessoas da melhor forma possível!

Carlos Sander

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.

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