O design thinking é um dos conceitos fundamentais do ramo de estratégias de marketing. Isso porque essa abordagem direciona o seu empreendimento a construir soluções criativas e inovadoras, com foco em atender demandas e necessidades dos clientes de uma maneira tecnológica, econômica e prática.

Essa ferramenta pode ser aplicada em diferentes nichos e mercados, podendo proporcionar grande impacto na geração de resultados mais positivos e na ampliação e direcionamento da sua marca.

É por isso que hoje traremos mais informações a respeito do que é o design thinking, de quais seus principais objetivos, princípios, etapas e como buscar aplicá-lo em seu empreendimento. Então, continue a leitura e confira já!

O que é Design Thinking?

O design thinking é uma abordagem de marketing voltada para o consumidor e em diferentes maneiras de suprir suas necessidades. Este é um modelo de desenvolvimento de negócio que está para além de uma simples criação de serviço ou produto para o mercado.

banner sobre design thinking

Isso porque sua proposta parte da adoção de uma análise da perspectiva do seu cliente e de qual a melhor forma de sanar o seu desejo, caminhando em direção a uma elaboração que possa ser economicamente viável, inovadora e tangível.

E não há uma receita pronta para esse processo, que envolve a implementação de um comportamento organizacional e de um posicionamento que estejam proporcionando o constante estímulo de novas visões e de maneiras possíveis de colocá-las à prova, por meio de uma cultura colaborativa e multidisciplinar.

O seu grande diferencial é o de também poder apresentar novas demandas e tendências de comportamento, de forma ágil, assertiva e qualificada por meio desses insights.

A origem desse termo remonta para a década de 1970, momento onde já era aplicado em saberes do campo da educação, ciência e tecnologia, sendo utilizado enquanto um sinônimo para práticas criativas de respostas a questões e necessidades. Já dentro do campo de gestão de projetos e administração de empresas, passou a ser adotado e ajustado a partir da década de 1990.

Quais são os princípios do Design Thinking?

Existem alguns princípios concebidos enquanto estruturantes para o pensamento de design thinking. Conheça a seguir:

  • Empatia: a capacidade de voltar suas ações com o foco em seu usuário e consumidor, buscando compreender suas carências, desejos e inclinações. Com isso, é possível pensar de que forma pode se traduzir em uma solução a ser apresentada;
  • Experimentação: colocar essas ideias à prova é fundamental para viabilizar a identificação de possíveis falhas e também potencialidades. Esse direcionamento permite a ampliação da sua perspectiva e a descoberta de sua viabilidade;
  • Criação de protótipos: o desenvolvimento de serviços, projetos ou produtos que, após a experimentação, consigam traduzir, com mais assertividade e precisão, a concretização do que foi idealizado. Dessa forma, é possível apresentar com mais materialidade essa possibilidade para outros colaboradores;
  • Processo: princípio relacionado ao estágio que abarca desde a identificação de um novo problema até sua resolução;
  • Essência: diz respeito ao sentido e significado dessa abordagem, e precisa estar amparado em três práticas – efetividade do negócio, possibilidades técnicas e o desejo a ser atendido.

Juntos, esses pilares constroem e fortalecem a entrega de projetos, serviços e valores que de fato passam a agregar a partir da perspectiva do cliente e usuário. Isso direciona a um dos principais diferenciais dessa metodologia e o resgate da seguinte ideia:

O que vai diferenciá-lo da concorrência é a entrega de algo que possua sentido e dialogue de forma simples, direta e prática com consumidores!

Quais as etapas do design thinking?

Os princípios e pilares dessa abordagem estão estruturados ainda em etapas que oportunizam a sua concretização. São 4 estágios que guiam esse desenvolvimento.

1. Imersão

Momento de compreensão e aprofundamento de todas as potencialidades, limitações, ameaças e qualquer outro aspecto capaz de produzir um impacto em seu empreendimento. Para isso, é possível recorrer a ferramentas como a análise SWOT, que busca a correção de gaps e impulsionamento de habilidades.

imagem ilustrativa representando nave espacial, lâmpada, balão, nave espacial, castelo

Essa fase precisa ser muito bem estruturada, já que será o alicerce para a elaboração das etapas seguintes. É ideal que ocorra muita pesquisa, estudo e a exploração de diferentes referências e perspectivas, podendo contar com a devolutiva dos próprios consumidores, funcionários e até mesmo fornecedores.

Lembrando ainda que essa análise não abarca apenas os aspectos internos, devendo atentar-se ao contexto geral e cenário econômico, político e social, bem como a ação de possíveis concorrentes.

2. Ideação

A fase anterior possibilitou a visualização do problema ou necessidade a ser suprido, e é no momento de ideação que a solução começa a ser desenhada. Não existe apenas uma saída, por isso, você deve incentivar um verdadeiro brainstorm de ideias e alternativas.

imagem representativa de homem e mulher segurando uma engrenagem

A única regra é a de não buscar limitações no campo das propostas que possam agregar valor, cabendo nesse momento a possibilidade de muitas experimentações e erros. Diferentes técnicas e ferramentas de gestão podem ser implementadas para otimizar esse estágio.

3. Prototipagem

Momento de colocar na prática tudo aquilo que foi concebido. Afinal, o campo das ideias e teorias nem sempre são completamente condizentes com a materialidade do resultado desejado, por isso, as escolhas daquelas que apresentem uma tendência a maior viabilidade acontece ao incorporá-las no produto ou serviço desejado.

imagem representativa de um homem segurando um tablet

Os protótipos são então uma estratégia de utilizar os recursos de forma inteligente e otimizada, para descobrir se aquela concepção deve ou não receber maiores investimentos. Esse termo é também conhecido como MVP, mínimo produto viável, e produz um resultado teste.

Dessa forma, os ajustes necessários podem ser realizados sem grandes impactos na finança do seu negócio.

4. Desenvolvimento ou realização

Momento de apresentar ao mercado aquilo que foi concebido. Para essa fase, é necessário contar com diferentes estratégias de divulgação, que estejam alinhadas ao propósito, linguagem e características do seu público-alvo.

imagem representativa de um homem segurando uma pula gigante

Você pode ainda aproveitar integrar o seu storytelling e as questões que o motivaram a elaborar essa ideia inovadora e criativa, auxiliando no engajamento e envolvimento dos seus consumidores.

Mas essa fase não significa o fim de sua dedicação a seu projeto, porque o melhoramento contínuo de projetos e processos está totalmente presente no design thinking, de forma a estar sempre conectado e direcionado às mudanças e variações do mercado.

Quais os benefícios do design thinking?

Essa técnica, que pode ser incorporada e aplicada em diferentes modelos e gestão de negócios, do âmbito público ou privado, possibilita o alcance de uma série de benefícios e vantagens, como:

  • Melhor compreensão do seu público-alvo: um dos pilares do design thinking é a capacidade do pensamento empático, onde você busca compreender de forma aprofundada qual a carência do seu consumidor;
  • Melhor compreensão da sua empresa e equipe: enquanto consequência desse processo de estudos, você consegue compreender de maneira mais assertiva os processos do seu negócio e a capacidade de entrega da sua organização e colaboradores;
  • Construção mais qualificada do seu posicionamento de marca: entender o seu público-alvo e reconhecer a capacidade do seu empreendimento leva a uma menor possibilidade de erros nessa comunicação e a um posicionamento de maior destaque;
  • Pluralidade de ideias e engajamento da equipe: ao estar aberto para colaboração de clientes, funcionários e até mesmo de fornecedores, o processo criativo passa a estar muito mais ativo e todos esses atores, vitais para seu funcionamento, passam a se sentir mais pertencentes e engajados com os propósitos da empresa;
  • Promoção de inovações constantes: o design thinking passa a não ser adotado apenas enquanto uma estratégia pontual, mas sim como um valor que se fará presente em todos os direcionamentos e ações de projetos;
  • Custo de implantação reduzido: a chance de testar uma ideia antes de produzi-la em larga escala para o consumo torna o seu processo de produção mais enxuto e com menores valores de investimento necessário.

Confira também: Ferramentas de melhoria contínua de processos

Como aplicar o design thinking em meu negócio?

O fortalecimento de uma cultura organizacional aberta ao diálogo e ao incentivo de novas soluções é o pilar central para a aplicação do design thinking. Desenvolva processos e gestões que busquem o encorajamento de atuações e projetos que proporcionam o bem-estar e a manutenção de um ambiente que atraia o compartilhamento de ideias.

Busque estar atento às definições aqui apresentadas, relacionadas aos pilares e etapas fundamentais para o bom desenvolvimento dessa abordagem e selecione ferramentas que possibilitarão a facilitação de sua prática. E entre elas, podemos exemplificar as seguintes:

  • Ferramentas de gestão integrada: facilitam a análise, conferência e gestão de dados e informações;
  • Indicadores de qualidade: possibilitam a compreensão sobre performance e eficiência do negócio;
  • Mapa de empatia: técnica que possibilita a estruturação dos sentimentos, demandas e anseios do seu cliente.

E aí, conseguiu compreender a potência do design thinking e o quanto essa abordagem pode te levar a ser referência e destaque no mercado? Continue acompanhando nosso blog para ter acesso às principais conceituações e temáticas da área de gestão de projetos. Até o próximo post!

Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.